Na conquista do hexacampeonato da Copa do Brasil pelo Cruzeiro, o Hoje em Dia relembra os cinco títulos anteriores do clube no relato de campeões (confira após o texto um trecho do livro "A Quinta Estrela", escrito pelo zagueiro Léo, um dos protagonistas nas campanhas do penta em 2017 e também do hexa neste ano).
O pentacampeonato da Copa do Brasil alcançado pelo Cruzeiro, no ano passado, foi uma típica conquista mineira. O time, pelos insucessos nas duas temporadas anteriores na Série A, quando brigou contra o rebaixamento, não frequentava nenhuma lista de favoritos. Na verdade, não fez parte dela nunca. Mas passou por vários deles na sua caminhada rumo à taça.
Fora da Libertadores, o Cruzeiro disputou a Copa do Brasil desde a sua primeria fase. E antes mesmo de chegar às oitavas de final, após passar por Volta Redonda, do Rio de Janeiro, São Francisco, do Paraná, e Murici, de Alagoas, teve pela frente sua primeira pedreira, o São Paulo, na quarta fase.
Com vitória no Morumbi, por 2 a 0, e derrota no Mineirão, por 2 a 1, a passagem à reta final, quando cruzaria com os clubes que vinham da Copa Libertadores, estava assegurada.
Depois de passar pela Chapecoense nas oitavas de final, o Cruzeiro teve pela frente um caminho árduo, composto pelos três maiores favoritos ao título, pela força dos seus elencos e pelo tamanho do investimento.
Nas quartas, passou pelo Palmeiras após um 3 a 3 em São Paulo, em que fez 3 a 0 na primeira etapa e levou o empate. Graças ao gol qualificado, o 1 a 1 na volta, no Mineirão, alcançado já no final, com uma cabeçada de Diogo Barbosa, garantiu a chegada às semifinais.
O adversário era o Grêmio, que buscava o bicampeonato em sequência, alcançado agora pelo Cruzeiro. O time gaúcho tinha eliminado a Raposa na mesma fase, no ano anterior, mas dessa vez foi diferente.
Na decisão, o Cruzeiro encarava o Flamengo, o mesmo rival de 2003, na conquista do tetra. E depois de dois empates, a taça foi garantida nos pênaltis, com Fábio brilhando mais uma vez.
O Cruzeiro chegava ao pentacampeonato da Copa do Brasil numa caminhada em que passou por todos os adversários das quatro finais anteriores em que foi campeão: São Paulo (2000), Palmeiras (1996), Grêmio (1993) e Flamengo (2003).
A emoção da conquista do pentacampeonato nas palavras do zagueiro Léo num trecho do livro “A quinta estrela”:
Ao final, o Thiago Neves fez o dele. Éramos pentacampeões! Para todo canto em que olhávamos, era uma mistura de sorrisos, lágrimas de alegria, gritos, palmas e agradecimentos aos céus.
Em uma euforia única vi o Henrique abraçando o Mano e logo abracei também. Foi o reflexo da união e dos esforços pela conquista. Gritávamos “é campeão!” e agradecíamos um ao outro.
Corri como o menino cruzeirense que fui um dia. Desde aqueles tempos, quando vibrava com o meu time de coração, seja nas ruas do bairro Eldorado ou mesmo na arquibancada do Mineirão. Aquele momento era a realização de um sonho.
Celebrei a taça junto com o nosso capitão Henrique e todos os jogadores do nosso elenco, comissão técnica e diretoria.
A missão final estava cumprida. O nosso grupo dava ao Cruzeiro a sua quinta estrela na Copa do Brasil.