Pai de Messi estaria sendo investigado por ligação com o tráfico

Gazeta Press
16/12/2013 às 10:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:49

(Divulgação)

Segundo reportagem do jornal espanhol El Mundo, a Unidade Central de Operações da Guarda Civil da Espanha (UCO, na sigla em espanhol) abriu investigação para apurar a possível ligação entre Jorge Messi, pai do craque argentino Lionel Messi, e o tráfico de drogas. Jorge Messi seria a principal peça da lavagem de dinheiro feita por cartéis da Colômbia. A família do camisa 10 do Barça disse que irá se defender e processar o periódico.

A investigação, que ainda estaria no começo, correria sob segrego de Justiça. De acordo com o El Mundo, juizados de Madri e Barcelona já colheram depoimentos de quatro jogadores da equipe catalã: além de Messi, o brasileiro Daniel Alves, o espanhol José Pinto e o argentino Javier Mascherano. O juiz Eduardo López-Paplop estaria próximo de encaminhar o caso à Suprema Corte espanhola, porque, de acordo com a reportagem, o esquema tem ramificações em outras cidades da Espanha.

Os amistosos beneficentes realizados por Lionel Messi, além de shows musicais de artistas sul-americanos, seriam alguns meios utilizados para lavar os “milhões de euros” do tráfico.

A família do craque disse ao jornal Mundo Deportivo que a organização das partidas que envolvem o time dos “Amigos de Messi” é delegada à empresa “Player Imagen”. Ainda segundo os familiares do jogador, uma pessoa envolvida na organização dos jogos estaria sendo investigada na Colômbia, o que, de acordo com assessores de Jorge Messi, não implicaria qualquer responsabilidade ao pai do camisa 10.

A fraude nos jogos beneficentes estaria relacionada aos ingressos da “fila 0”. “É muito complicado comprovar se em um evento foram vendidos mil ou 50 mil ingressos na 'fila 0', porque, sem a presença do público, os organizados podem divulgar qualquer quantia recebida”, explica um trecho da reportagem.

Responsável pela Fundação Leo Messi, o pai do craque faria a intermediação com os traficantes de droga, em esquema que contaria com a participação de outros jogadores, envolvidos por Jorge Messi em troca de uma comissão que variaria entre 10% e 20% da lavagem.

De acordo com o El Mundo, os depoimentos dos jogadores do Barcelona mostram que eles participavam das partidas beneficentes apenas com a finalidade de ajudar pessoas carentes. Em 2013, Messi organizou amistosos em Lima, no Peru, em Chicago e Los Angeles, nos Estados Unidos, e em Medellín, na Colômbia. No ano passado, Bogotá (Colômbia), Miami (Estados Unidos) e Cancún (México) receberam as partidas.

Entre os shows, estariam sendo investigados um recital realizado em Barcelona, no Palau Sant Jordi, e um concerto em Madri, no estádio Vicente Calderón – este último teria desencadeado a investigação. De acordo com a reportagem, autoridades colombianas especializadas em combate ao crime organizado estariam em busca de pistas no país sul-americano.

Se confirmado, este seria o segundo problema de Lionel Messi e seu pai com a Justiça. Ainda neste ano, ambos tiveram de prestar esclarecimentos à Agência Tributária da Espanha por ter sonegado mais de 4 milhões de euros (cerca de R$ 12, 8 milhões) em impostos. Condenado, Jorge Messi precisou pagar 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 16 milhões) por dívidas referentes aos anos de 2007, 2008 e 2009.

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