Agora esporte olímpico, pois fará parte do programa dos Jogos de Tóquio, em 2020, o surfe tem como ponto principal o mar. Quando ele está distante, a paixão pelas ondas faz com que os surfistas vençam fronteiras.
É isso que faz, desde 2008, o grupo que disputa o Campeonato Mineiro de Surfe, que tem as praias do vizinho Rio de Janeiro como sede.
Inicialmente, o torneio foi disputado em Búzios. Por questões técnicas, as últimas edições foram realizadas no Rio de Janeiro.
Apesar do alto nível de competitividade, o campeonato é amador. Os atletas são divididos em duas categorias: os que não nasceram em Minas Gerais, e moram no estado, e os que nasceram e residem em outro estado.
Como não se trata de um evento profissional, não existe uma federação que tutele o surfe em Minas Gerais.
Desse modo, os interessados em participar da competição devem procurar a página oficial do Campeonato Mineiro de Surfe, no Facebook, e entrar em contato com os organizadores.
O representante comercial Caú Cavalcante, de 46 anos, é um dos organizadores do campeonato.
O carioca erradicado em Minas, fez questão de elogiar o campeonato.
“É um evento extremamente agradável. O público que frequenta é apaixonado, muitos deles descobriram o esporte através de intercâmbios, na Austrália e Estados Unidos principalmente. Lá eles tiveram contato com o esporte e se apaixonaram, a água salgada entrou na veia e agora não sai mais. A empolgação com o campeonato é enorme”, destacou Caú.
Olimpíada
Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 vão apresentar cinco novidades. Além do surfe, o caratê, a escalada, o beisebol e o skate vão fazer parte do programa olímpico.
Com dez representante s no Circuito Mundial de Surfe, incluindo os campeões Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho, o Brasil deve chegar forte na busca por medalhas, no Japão.
Entretanto, além da parte esportiva, Caú cita outro beneficio da inclusão do surfe na Olimpíada.
“Estava programado para acontecer nesse ano, no Rio, mas não foi. O que importa é que o surfe se tornou um esporte olímpico. Também ajuda a tirar esse preconceito, esse paradigma com o esporte em relação às drogas. O fato de ele ser olímpico melhora ainda mais, já que o cara, para ser atleta olímpico, não pode ter problemas com drogas”.
* Colaborou Lucas Borges