O Palmeiras acertou nesta terça-feira a venda do zagueiro Henrique para o Napoli, da Itália. Capitão do time e ídolo da torcida palmeirense, o jogador de 27 anos vai assinar um contrato de quatro anos com o clube italiano.
"Foi um bom negócio para todos os lados. O Henrique não queria sair, mas ofereceram uma proposta de quatro anos para ele e com o Palmeiras tendo lucro na negociação. Acabou sendo um bom negócio para todos os envolvidos", disse o empresário do jogador, Marcos Malaquias.
O Palmeiras conseguiu fechar o acordo por 4 milhões de euros (cerca de R$ 13,2 milhões) - o clube fica com 80% desse valor. A multa rescisória era de 5 milhões de euros, mas a diretoria aceitou a proposta menor por estar irritada com a postura do jogador.
O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, resolveu negociar o capitão do time após ele ameaçar entrar na Justiça cobrando R$ 1,1 milhão referente às luvas que não recebeu quando chegou ao clube em 2012, ainda na gestão de Arnaldo Tirone.
No início do ano, Paulo Nobre reuniu os jogadores, admitiu que devia alguns direitos de imagem e outras pendências, mas prometeu pagar tudo e pediu para que ninguém entrasse na Justiça. Mesmo assim, Henrique insistiu em receber o que estava atrasado e chegou a enviar uma notificação extraoficial ao clube.
Irritado, Paulo Nobre pegou parte do pagamento pelo titulo da Série B e usou para quitar o que tinha de atrasado com Henrique, por receio dele conseguir deixar o clube de graça. Mas resolveu que, na primeira oportunidade que tivesse, iria negociá-lo.
O Napoli tentou inicialmente um acordo por empréstimo, mas tanto o jogador como o Palmeiras não quiseram conversar. Decidido a levá-lo, o clube italiano fez uma nova oferta, desta vez em definitivo, e fechou o acordo. Henrique, inclusive, foi dispensado do treino da tarde desta terça-feira para acertar a situação.
Sem Henrique, o técnico Gilson Kleina deve escalar o volante Marcelo Oliveira improvisado na zaga, ao lado de Lúcio, na partida contra o Penapolense, nesta quinta-feira, no Pacaembu.
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