Marcos Assunção e Bruno eram só emoção no gramado do Couto Pereira durante a festa do título do Palmeiras. O capitão e o goleiro não seguraram as lágrimas e choraram muito. Ambos comemoravam poder realizar o sonho de dar um título à torcida alviverde e, de quebra, confirmar a volta por cima na carreira.
O volante planejava até se aposentar ao fim do ano, quando já terá 36 anos, mas deve mudar de ideia depois de levar o Palmeiras ao título da Copa do Brasil e à vaga na Copa Libertadores. O jogador, que voltou da Espanha para o modesto Barueri, passou de desacreditado a ídolo alviverde.
"É isso que eu dizia sempre. Desde 2010, que eu cheguei, estou falando que eu gostaria de ser campeão aqui. Depois de dois anos sofrendo, muitas vezes passando humilhação, chegou a hora. A imprensa não acreditava. Muitos diziam que tinha o fantasma do 6 a 0. Jogo é jogado no campo. Aquilo foi uma fatalidade. E está aí: é campeão", comemorou Marcos Assunção.
Bruno era ainda mais emoção. Aos 28 anos (15 deles no Palmeiras), ele finalmente tem a chance de ser titular e comemorar um título nesta condição. Depois de tanto tempo na reserva de Marcos, ele parece ter aprendido com o ídolo.
"Aqui é minha casa, eu amo esse clube, queria dar esse presente pra essa torcida", comemorava Bruno, aos prantos, agradecendo o preparador de goleiro Carlos Pracidelli. "Ele é meu pai, me criou aqui dentro, devo tudo a ele."
Outro que fazia a festa no gramado do Couto Pereira era Betinho, autor do gol do título. Mesmo sem ter a garantia de que terá o contrato de experiência transformado em definitivo, ele não pensa no futuro. "Agora é comemorar. Nunca pensei em contrato."