Paolo Guerrero passou por uma maratona na última segunda-feira, recebendo três prêmios por sua participação no Campeonato Brasileiro. Na terça-feira (9), parte ao Peru para as férias, deixando com seus empresários a negociação da renovação do contrato com o Corinthians.
A notícia não é boa para o clube do Parque São Jorge. Os dirigentes esperavam chegar a um acerto antes da viagem do centroavante, que acompanhará tudo de longe. Ele estará a um telefonema de distância, mas já deixou claro que pretende curtir seu descanso com os familiares.
Assim, seguirão as tratativas entre os cartolas alvinegros e os empresários da OTB Sports, Marcelo Robalinho, Marcelo Goldfarb e Bruno Paiva. O trio tem um histórico de negociações difíceis com o Corinthians – como o arrastado acerto com o goleiro Felipe na virada de 2007 para 2008 – e joga duro novamente.
Eles recusaram várias ofertas, insistindo em luvas de US$ 7 milhões (cerca de R$ 18,1 milhões). Somado ao salário em carteira acordado (R$ 500 mil), o valor faria o dinheiro mensal pelo contrato até o final de 2017 chegar a R$ 1 milhão. E o pedido é que esse prêmio pela assinatura seja pago à vista.
“O Corinthians já tem claro o que meus empresários falaram. A decisão passa pelo clube, não por mim”, afirmou o atacante, insistindo em uma grana inédita no futebol brasileiro para a renovação de um contrato. Ele afirma que o desejo é permanecer, mas não se compromete.
O pedido altíssimo é diretamente ligado ao investimento feito em Alexandre Pato no início de 2013, logo após a conquista do Mundial que teve Guerrero como herói. Ganhando R$ 1 milhão por mês, o peruano superaria Pato, emprestado ao São Paulo. O Corinthians paga metade dos R$ 800 mil mensais recebidos pelo brasileiro.