Para Guga, Olimpíada pode fazer Brasil crescer no tênis

Nathalia Garcia
30/07/2013 às 16:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:31

(Arquivo Hoje em Dia)

No mesmo evento em que foi homenageado pela ATP por ter sido um dos 16 tenistas que fecharam uma temporada como jogador número 1 do mundo em 40 anos de existência do ranking da entidade, Gustavo Kuerten aproveitou a entrevista coletiva que concedeu em São Paulo, nesta terça-feira, para exaltar o peso que a Olimpíada de 2016 pode ter para o futuro do tênis do Brasil.

O ex-líder do ranking mundial disse que a modalidade precisa saber atrair os investimentos proporcionados pela realização dos Jogos Olímpicos do Rio. "A gente tem que começar a acertar mais, um momento muito importante é a Olimpíada. O que vai acontecer daqui a quatro anos, quando terminar esse investimento maior, quando as empresas naturalmente terão uma retração?", questionou.

Guga enfatizou que a Olimpíada pode servir como um evento canalizador para o Brasil criar uma estrutura de sucesso no tênis para formação de um número maior de jogadores que poderão integrar a elite da modalidade no futuro. "Temos de acertar muitas pontas, estruturar toda a base, deixar o plano bem definido e a ação encaminhada, até 2016 é época de montar tudo e de aproveitar essa oportunidade para criar essa estrutura definitiva", opinou.

O maior nome da história do tênis nacional ainda exibiu otimismo ao fazer "projeções positivas". "O Brasil pode ter cinco jogadores entre os 100 melhores, 3 no feminino (no Top 100) e ir aumentando este número, chegar a ter uma cultura de tênis. Existiu aquele lampejo (de crescimento), mas a cultura não foi criada", pontuou.

O ex-tenista também destacou que investir na construção de quadras não é o suficiente para o crescimento do tênis no Brasil, lembrando que é preciso criar uma estrutura que valorize professores e treinadores. E ele diz ter planos ambiciosos como maior instrumento de popularização de sua modalidade no País até hoje, embora enfatize que "o ídolo traz atenção, mas tudo depende de federações e confederação (CBT)".

"Existe essa disposição que tenho de tentar ser produtivo, devolver um pouco para o tênis brasileiro, tenho um projeto, estamos com oito escolinhas de 8 a 10 anos ao redor do Brasil, meu sonho é ter 150, 200 escolinhas. Acho que é fundamental para a base do tênis para cuidar do elementar, que é o professor", disse.
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