SÃO PAULO - Acusado de estar envolvido num escândalo de revenda de ingressos de jogos e shows no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, o ex-presidente e ex-técnico do River Plate, Daniel Passarella, teve sua prisão solicitada na Argentina.
O ex-zagueiro, que foi bicampeão mundial com a Argentina em 1978 e treinou, entre os outros clubes, o Corinthians, em 2005, é acusado junto a outros dirigentes do River, torcedores de torcida organizada e até policiais.
A prisão de Passarella foi pedida pelo promotor José Maria Campagnoli, encarregado pela investigação, que revelou ainda o envolvimento de Diego Rodríguez, irmão da ministra de Segurança da Nação, Maria Cecilia Rodriguez.
De acordo com o jornal argentino "Olé", o esquema foi descoberto quando um torcedor chegou ao estádio para acompanhar uma partida da equipe, mas o seu assento já estava ocupado por um outro torcedor, que tinha o ingresso com a mesma cadeira e mesma fila.
Segundo as autoridades, o esquema partiu de uma lista de quase 10 mil sócios do River que não costumavam pegar os seus ingressos. Os bilhetes eram emitidos, mas repassados diretamente a líderes de torcida do clube.
De acordo com o jornal "Clarín", Passarella é o que tem a situação mais complicada neste processo, já que era ele quem executava as ordens sobre a distribuição ilegal dos ingressos.