Patrimônio é "moeda de troca" para o América ser gigante

Vinícius Las Casas - Hoje em Dia
29/04/2013 às 12:41.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:15

(Frederico Haikal)

Nos anos 20, o América conquistou dez vezes consecutivas o Campeonato Mineiro. Com um elenco fortíssimo, o Coelho acumulava títulos e despertava a inveja dos rivais. Em 2013, o objetivo é fazer o cenário se repetir, com a equipe alviverde retomando a rotina de glórias. O início se daria com o clube se tornando autossustentável e este caminho seria trilhado a partir do patrimônio do clube.

Utilizando o patrimônio como uma maneira para gerar receitas, com a intenção de formação de jogadores e para colocar um time forte em campo, o Coelho tem alguns trunfos na manga. Hoje, o Independência, após sua reforma, já rende no mínimo R$ 100 mil mensais ao América. O Boulevard Shopping, outrora um terreno sem grande utilidade, tem a previsão de ganhos estimada em R$ 200 mil aos cofres alviverdes, com essa expectativa dobrando com um movimento maior na área comercial.

"Estamos partindo de um princípio básico de que o América precisa viabilizar sua autosustentabilidade, independente de patrocínio e verba de televisão. O caminho que enxergamos é de, não vender, mas fazer permutas do patrimônio imobiliário do clube", explicou Olímpio Naves, um dos presidentes do Coelho, prosseguindo.

"Acreditamos que é possível conseguir essa sustentação de duas formas. Primeiro, com imóveis que possam ser alugados e com isso gerar renda para o América. Temos patrimônio grande, mas sem gerar receitas. Segundo, para que a gente possa construir um Centro de Excelência de formação de jogadores, para fazer times competitivos e vencedores e para negociar um ou dois atletas por ano para dar este suporte financeiro para o clube", explicou o dirigente.

O plano para a viabilização financeira do futebol do América e retomada do crescimento do clube tem um prazo definido. E ele é pensado no longo prazo. Segundo a estimativa dos dirigente do Coelho, em 2018, ou seja em cinco, o clube vai começar a colher os frutos das mudanças feitas agora.

"O Lanna Drumond tem hoje 58 mil metros quadrados. Nós anexamos a isso mais 96 mil metros quadrados. Unindo as duas áreas teremos algo em torno de 150 mil metros quadrados. Vamos implantar neste terreno as instalações para as categorias de base, que sairão de Santa Luzia e virão para a Pampulha. Pretendemos também criar um clube social no espaço, já que estamos permutando o da rua Mantena", confirmou Olímpio.

Com as categorias de base deixando o CT em Santa Luzia, o América teria um terreno ocioso, mas a ideia é que isso não aconteça por muito tempo. Segundo explicou o presidente Olímpio Naves, a intenção é alugar o espaço para treinamentos e, no futuro, negociá-lo, aproveitando a boa localização.

"Já que ficará a poucos metros do futuro Rodoanel de BH. Entendemos que não é o melhor momento para negociar esse espaço", comentou.

As novidades no patrimônio do América não param por aí. No Boulevard Shopping, em virtude do contrato com o espaço, o Coelho ganha uma sede administrativa de 1000 metros quadrados e com a intenção de se tornar um espaço para os torcedores. Nele, o americano terá um centro de convivência com lanchonetes, telões, exposição das taças conquistas e um museu, além da estrutura administrativa. Em dois meses o espaço deve ser entregue ao América.

 

Independência rende R$ 100 mil mensais ao Coelho (Foto: Divulgação)

 

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