Paulinho reconhece emoção em reencontrar o Atlético

Wallace Graciano - Hoje em Dia
Publicado em 27/01/2015 às 07:39.Atualizado em 18/11/2021 às 05:48.
O confronto entre Atlético e Tupi, neste domingo (1º), poderia ser apenas mais um em uma rivalidade que completará 100 anos em novembro. Porém, desta vez, o “duelo de Galos”terá um ingrediente especial. Afinal, o embate marcará o reencontro do meia-atacante Paulinho, 32, com a torcida que tanto o aplaudiu.
 
Após a ascensão em 2002, quando foi eleito uma das revelações do Brasileirão, o jogador viveu altos e baixos devido às lesões. Em 2004, quando voltava a figurar como uma das apostas do Atlético para a temporada, foi negociado com o Al Ahli ( Emirados Árabes) e deixou a impressão de que poderia ter feito mais pelo Galo.
 
De volta ao futebol mineiro após 11 anos, Paulinho não esconde a emoção em reencontrar o clube que o projetou. Porém, agora, pretende dar alegrias aos alvinegros do outro lado. 
 
“Vai ser emocionante, não tem como negar. A torcida do Atlético acolhe o time. Ela contagia o jogador mesmo em um dia ruim. Mas, agora, vou estar do outro lado. Enquanto estiver em campo, vou dar meu melhor e tentar diminuir um pouco a força da torcida. Será especial, até porque meus familiares estarão lá para me ver”, conta.
 
Em 2004, ao escolher o futebol árabe, Paulinho foi criticado. Muitos apostavam que o jogador tinha futebol para atuar em times grandes da Europa após passagens pela Seleção Olímpica. Apesar de reconhecer as opiniões contrárias, o meia-atacante diz não ter se arrependido da escolha. Segundo ele, as passagens pelo mundo árabe, além de México e Japão, foram importantes para seu desenvolvimento pessoal e como jogador.
 
“Já ouvi pessoas dizendo que fui precipitado de ter saído para a Arábia. Muitos diziam que, lá, eu não apareceria. Mas vejo que essas passagens foram muito importantes. Claro que foi interessante financeiramente, mas consegui crescer como pessoa. Por isso, não me arrependo de ter ido”, explica o ex-atleticano. 
 
Um lance para a história
 
A cena se passa no Mineirão, em 20 de outubro de 2002. O relógio apontava 20 minutos do segundo tempo de um clássico quente, no qual o Atlético vencia o Cruzeiro pelo placar mínimo. Era uma partida tensa, com boas oportunidades dos dois lados, como pedem os duelos entre os arquirrivais. Nada estava definido. Foi quando Paulinho recebeu a bola na meia-cancha e desequilibrou de vez o confronto com um golaço.
 
“Foi muito emocionante. O jogo estava difícil. Recebi na intermediária pela direita. Tive a felicidade de cortar o Paulo Miranda e vi a linha dos zagueiros bagunçada. Parti para cima, ameacei chutar e, quando tentaram bloquear, cortei para dentro e chutei de canhota. Graças a Deus aquele gol ficou marcado”, relembrou o meia-atacante, cujo tento continua eternizado na memória do torcedor e na história do clássico.
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