(Arquivo/Hoje em Dia)
O que mais te marcou na campanha da Supercopa de 1992?
O time que era muito bom. Entrava em campo determinado e confiante. A gente sabia que iria ganhar os jogos. E como era aquele “Dream Team” do Cruzeiro? Só tinha jogadores habilidosos. Dois laterais fantásticos como o Paulo Roberto e o Nonato. Um meio de campo que tocava a bola com qualidade. O Boiadeiro que protegia a bola e virava o jogo como ninguém. O ataque tinha a eficiência do Betinho e do Roberto Gaúcho e ainda tínhamos um líder como o Renato Gaúcho. Em meio a tantos craques alguém s e destacou naquele grupo? O Renato Gaúcho. A liderança dele foi fundamental. Fez valer o alto investimento feito pelo clube. O espírito vencedor do Renato motivava todo o plantel. E como era o estilo do “Dream Team” do Cruzeiro? Muito técnico. Quando a bola chegava pra gente, o adversário entrava na roda. O Jair Pereira (treinador) nem precisava orientar o time. Cada jogador sabia o que fazer. Qual a hora pra atacar e defender, de trabalhar a bola, de inverter as jogadas, de segurar o jogo. Era uma equipe muito consciente. Qual foi o papel da torcida durante a campanha? Não precisa nem falar, né. Mineirão sempre lotado. Motivavam a gente. E o nosso time transmitia confiança. A torcida já comparecia aos jogos sabendo que não iríamos perder jamais. Foi o melhor plantel que participou? Foi. Participar daquele time foi uma satisfação ainda maior pra mim, por ser mineiro. Ainda mais que sempre gostei do Cruzeiro e por ter familiares cruzeirenses.