Pedido por muitos torcedores, nas redes sociais, para ser o sucessor de Alexandre Gallo na função de diretor de futebol do Atlético, Marco Aurélio Cunha, que atualmente exerce o cargo de coordenador da seleção brasileira feminina, não esconde a surpresa e a felicidade pela lembrança e a indicação vinda das arquibancadas.

Velho conhecido no meio do futebol no país, principalmente pelo trabalho realizado no São Paulo, Cunha afirma não ter sido procurado pelo clube mineiro, até o momento, e vê com bons olhos a escolha da diretoria ao promover o ex-atacante Marques para a função, mesmo que de maneira interina. O "xodó da massa" ocupava o cargo de coordenador das categorias de base.

Confiante na capacidade de Marques, Marco Aurélio, mesmo sendo bastante especulado nos bastidores, afirma que o Atlético deveria acreditar no potencial do ex-atacante e efetivá-lo. O dirigente da CBF deu até conselhos a ele.

"O Marques tem que ser menos jogador e mais dirigente. Ser jogador passou e ele é um cara muito legal. Acho que o Atlético deveria investir nele, com toda honestidade. Ela não tem que se submeter a aquele sentimento exacerbado do jogador. Essa transição é muito difícil, de sair do vestiário, subir a sala e colocar um paletó", comenta Cunha.

"Ter o sentimento do atleta é fundamental, mas ao mesmo tempo precisa ser austero para não ser enganado. O próprio jogador quer tirar vantagem pelo bom relacionamento. Coisa pequenas contaminam e viram grandes. Se ele souber evitar esse tipo de situação, tem chances de ser um grande dirigente", acrescenta.

Marco Aurélio Cunha, em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, é o personagem da seção Papo em Dia do próximo fim de semana.