Desde que a década atual foi inaugurada, em 2011, Atlético e Cruzeiro se enfrentaram 30 vezes, isso já contabilizando o duelo deste sábado (1º), pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro. Em menos de 1/3, portanto, destes confrontos, o apito foi de um árbitro mineiro.

A Federação Mineira, por outro lado, é quem mais forneceu juízes de futebol para o maior espetáculo do estado. Só que ela está empatada com a Federação Paulista, cada uma com nove escalas. Mas um motivo novo acontecerá logo mais. Pela primeira vez na década, dois clássicos consecutivos serão comandados por árbitros do quadro da FMF.

Vetos, discussões, críticas e também a casualidade impediram que tal fato acontecesse antes. Igor Junio Benevenuto se prepara para entrar no gramado do Mineirão com a bola debaixo do braço e repetir o que fez Wanderson Alves na partida em 1º de fevereiro deste ano, pela Primeira Liga.

Igor Junio já apitou um clássico em 2014, mas, perto de outros nomes como Cleisson Veloso Pereira e Emerson de Almeida Ferreira, ainda é inexperiente no dérbi. O primeiro já apareceu em dois clássicos na década, enquanto Emerson apitou três.

XINGAMENTOS E LESÃO
Algumas curiosidades norteam a escala de árbitros de Atlético x Cruzeiro desde 2011. Um alagoano destoa dos estados que dominam a escala. Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, com Leandro Pedro Vuaden, vem logo atrás de São Paulo. Quem mais apitou clássicos foi Marcelo de Lima Henrique, presente em quatro confrontos. O juiz começou pela Federação Carioca e chegou a aparecer com o distintivo da Federação Pernambucana em 2015.

Por falar em Pernambuco, de lá veio Nielson Nogueira Dias, que regulou o empate em 2 a 2 no Independência (aquele do gol magistral de Ronaldinho Gaúcho). O juiz relatou em sua súmula ofensas do ex-direitor do Cruzeiro, Valdir Barbosa, e do atual diretor de comunicação do clube, Guilherme Mendes. Além disso, o atual diretor do Palmeiras, Alexandre Mattos, também foi "denunciado" no documento.Reprodução/FMF

Súmula do clássico Cruzeiro 2x2 Atlético, em 2012, com xingamentos de diretores da Raposa

Quem não se deu bem no clássico, fora do âmbito de erros de arbitragem, foi Luiz Flávio de Oliveira (SP). O irmão de Paulo César Oliveira (que apitou clássico e, assim como outra figura presente - Sálvio Spínola - já aposentou e virou comentarista) pediu substituição na vitória do Atlético por 3x0 na 1ª final do Campeonato Mineiro de 2013. Luiz foi substituído por Pablo dos Santos (ES).Frederico Ribeiro/Hoje em Dia

Todos os árbitros do clássico Atlético x Cruzeiro desta década e às Federações nas quais pertenciam

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