Pela segunda vez na história, Atlético e Cruzeiro terão treinadores estrangeiros numa mesma temporada. Com a contratação do português Paulo Bento, anunciada na última quarta-feira (11) pela diretoria celeste, e a do uruguaio Diego Aguirre, feita pelo alvinegro em janeiro, os rivais repetem o que aconteceu há seis décadas.

Em 1955, o Galo era comandado também por um uruguaio: Ricardo Diéz. Do lado celeste, quem ditava o ritmo do time em campo era o argentino Filpo Nuñes.

Naquela época, assim como nos dias atuais, o Brasil vivia um período turbulento na política, com a palavra “golpe” em evidência. Eleito nas urnas – na primeira eleição com cédulas do país –, Juscelino Kubitschek só pôde assumir a cadeira no ano seguinte, encerrando o período de Estado de Sítio.

No único clássico em que estiveram frente a frente, no extinto Campeonato da Cidade, Diéz levou a melhor e derrotou Nuñes por 2 a 1. Um combinado entre Galo e Raposa, feito naquele ano, estabelecia que os duelos entre eles seriam sempre no Independência.

Aguirre x Bento

Daqui um mês, quando entrarmos na sétima rodada do Brasileiro, Aguirre e Bento duelarão pela primeira vez em Minas. Curiosamente, o jogo será no mesmo palco dos clássicos da década de 50.

Contudo, para que este encontro aconteça, o desempenho do atleticano terá que ser melhor nas rodadas anteriores. Pelos resultados recentes e o nível técnico do time aquém do esperado, o uruguaio, de 50 anos, pode não chegar ao clássico.

Bento, por sua vez, é a aposta do Cruzeiro para dar ao time a consistência e o padrão que Deivid, ex-treinador, não conseguiu neste primeiro semestre.

Comandante da seleção de Portugal na Copa do Mundo de 2014, ele e sua comissão técnica chegarão a Belo Horizonte na próxima segunda-feira (16). O treinador, de 46 anos, assinará contrato até dezembro de 2017 com a Raposa.

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