Pelo Twitter, Murilo volta a criticar a CBV após novas denúncias

Estadão Conteúdo
11/12/2014 às 13:12.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:20

(Divulgação)

Um dos mais experientes jogadores da seleção brasileira de vôlei, o ponteiro Murilo voltou a fazer duras críticas à gestão da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) nesta quinta-feira (11). O jogador cobrou explicações da entidade com relação ao relatório final da Controladoria Geral da União (CGU) sobre as denúncias feitas pelo canal ESPN Brasil ao longo do ano.

"O pior é fingirem que esta tudo bem, ou que nada aconteceu", escreveu Murilo, no Twitter, ao compartilhar o link da notícia publicada no site da ESPN, com detalhes do relatório da CGU. "Por favor não me venham com nota oficial pra comentar sobre a matéria, é hora de dar as caras e se explicar. É de entristecer qualquer um que faz esporte no Brasil!", postou.

Confira a série de posts do atleta

 

Por favor nao me venham com nota oficial pra comentar sobre a matéria é hora de dar as caras e se explicar!! — Murilo Endres (@Murilovolei8) 11 dezembro 2014

Por fim, o relatório da CGU recomenda que a CBV "atue para providenciar o ressarcimento dos gastos apontados neste Relatório" — Murilo Endres (@Murilovolei8) 11 dezembro 2014

"com as medidas administrativas e legais cabíveis e que apure a existência de outros serviços não executados e tome as providências" — Murilo Endres (@Murilovolei8) 11 dezembro 2014

Um item trata sobre a postura da diretoria que assumiu a CBV depois dos escândalos. — Murilo Endres (@Murilovolei8) 11 dezembro 2014

E a CGU afirma que a CBV "permanece com a mesma filosofia de contratações". — Murilo Endres (@Murilovolei8) 11 dezembro 2014


A reportagem desta quinta-feira da ESPN cita que o relatório da CGU aponta "contratação de empresas de consultoria sem que se consiga verificar a efetiva contraprestação do serviço; contratação de empresas sem estrutura física e de pessoal; contratação de empresas cujos proprietários são ou foram ligados à CBV; contratação de empresas do mesmo proprietário que executa e audita a prestação de serviço; pagamento de notas fiscais sequenciais que demonstram que a empresa comandada prestava serviço somente para a CBV; pagamento de notas fiscais com descrição genérica do objeto contratado, como ‘comissionamento' ou ‘assessoramento'".

O relatório também trata do caso da SMP, empresa de Marcos Pina, ex-dirigente da CBV ligado ao ex-presidente Ary Graça, que a CBV pagou, por "Prospecção de cotas de patrocínio, propriedades e títulos" aproximadamente R$ 3 milhões entre 2012 e 2013. Ainda de acordo com a ESPN, a CGU concluiu que "não há provas da prestação do serviço contratado pela CBV" e que "a empresa não possui infraestrutura física nem pessoal".

Os pagamentos feitos à SMP continuaram mesmo na nova gestão da CBV, comandada por Walter Pitombo Laranjeiras, Toroca. Ainda de acordo com o relatório citado pela ESPN, a empresa recebeu R$ 188 mil em 2014, a título de "assessoria de gestão administrativa esportiva".

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