População crê em manipulação de resultados por meio de apostas esportivas, aponta pesquisa (Pixabay)
Uma pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, entre os dias 15 e 18 de março, entrevistou 955 homens e 1055 mulheres, com 16 anos ou mais, em 154 municípios brasileiros, revelou que, 63,9% dos entrevistados, acredita estar ocorrendo manipulação dos resultados esportivos no país com objetivo de favorecer grupos de apostas.
A grande maioria que opinou positivamente pertence à região Sudeste do país, representando 68,3%. As regiões Norte-Centro e Oeste, que tiveram o resultado somado, ficaram em segundo lugar com 66,7% das respostas.
Foi justamente na região Centro-Oeste que explodiu a operação “Penalidade Máxima”, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), em fevereiro deste ano. A operação revelou um esquema de manipulação de três jogos da última rodada da série B de 2022, envolvendo o Vila Nova, de Goiás, o Tombense, de Minas Gerais, e mais clubes de estados diferentes do país.
Na mesma tiragem, foi perguntado se as pessoas são a favor ou contra o governo federal recolher impostos das empresas do setor de apostas esportivas online. Para 55,2% o Estado deveria sim taxar as apostas. A opinião veio de homens e mulheres com idades entre 35 a 45 anos.
Esse também é um desejo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro afirmou que o Governo Federal pretende criar um tributo sobre os jogos eletrônicos a fim de compensar as perdas que o governo terá com o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Vale lembrar que em 2022 finalizou o prazo definido pela “lei das apostas de cota fixa”, publicada pelo Diário Oficial na gestão do presidente Michel Temer, para a regulamentação dos jogos de azar e que não foi colocado em prática pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
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