Desafeto maior de Josepp Blatter, Michel Platini voltou a criticar o homem mais poderoso do futebol mundial. Apesar de ainda não pleitear candidatura para sucedê-lo, o presidente da Uefa segue afirmando que não apoia mais o chefe da Fifa e critica a personificação do poder na entidade.
“Josepp não é mais o presidente da Fifa. Ele é a Fifa”, dispara Platini ao jornal francês L'Équipe, em referência ao imaculado poder do mandatário. A imprensa europeia trata a alfinetada como uma tímida comparação ao Rei Luís XV, absolutista que entrou para a história por centralizar tudo sobre o controle da França.
“Platini, Pelé, Blatter, (João) Havelange devem ceder aos interesses do futebol. Não devem usar o futebol, mas servir ao futebol”, defende o próprio Platini, considerado o principal desafiante que conseguiria derrotar o mandatário da Fifa nas próximas eleições. Mas o francês ainda rechaça a candidatura. “Não é tempo. Um dia, talvez. Vamos ver”, despista.
Presidente da principal entidade do futebol desde 1998, Josepp Blatter ocupa o cargo ininterruptamente por quatro mandatos. No último mês, ele confirmou que vai concorrer a mais uma reeleição. O pleito será realizado em Congresso da Fifa marcado para maio do próximo ano e o presidente não deve encontrar problemas para seguir em seu trono.