Poços de Caldas, no Sul de Minas, recebeu o último jogo de Pelé em Minas Gerais
(Reprodução / Site Oficial Caldense)
Na noite de 6 de março de 1974, uma quarta-feira,4330 pessoas preencheram as arquibancada dos estádio Coronel Cristiano Osório, em Poços de Caldas, para ver o Santos, de Pelé, jogar contra a Caldense, em partida válida pelo pagamento da venda do lateral-direito Luiz Carlos Beleza para o time da Vila Belmiro.
Logo que pisou no gramado, a torcida foi ao delírio e reverenciava o Rei, que voltava à cidade após longos anos. Em 1958, o jovem Edson esteve com a Seleção Brasileira no Sul de Minas se preparando para a Copa do Mundo. “Eu tinha 16 pra 17 anos e o Brasil também começava sua campanha, pois até 58, o Brasil não havia ganho nenhum campeonato e hoje estou voltando aqui em Poços”, disse Pelé, em entrevista ao radialista Lázaro Walter Alvisi, da Rádio Cultura de Poços de Caldas.
Por parte da Caldense, o objetivo era conseguir vencer o time santista e entrar para a história. Para isso, contava com um cabeludo e barbudo zagueiro, o Bazuca, para parar o craque santista. “Não me assusta. Agora é moda a moçada toda de cabelo grande e barba. Eu acho que isso não faz o jogador, o que faz é o futebol que ele mostra dentro do campo”, brincou Pelé.
Quando a bola rolou, o Rei do Futebol, mesmo voltando de uma contusão, partiu para cima, mas não conseguiu balançar as redes e o 0 a 0 perdurou até o fim dos primeiros 45 minutos. Veio o segundo tempo e com ele uma forte chuva. Por precaução, visando a competição Nacional, o técnico Pépe tirou o camisa 10 do Santos de campo, e colocou Adílson que, por obra do destino, marcou o único gol da partida.
Mesmo derrotada, a torcida e a imprensa local aplaudiram de pé a garra da Veterana e, claro, o Rei do Futebol. De acordo com a Caldense, esse foi o último jogo de Pelé pelos gramados de Minas Gerais.
Confira a entrevista do ex-jogador, antes do confronto, recuperada e postada pela TV Caldense:
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