A final da Copa do Brasil já começou, e com direito a toda rivalidade que envolve o confronto entre Atlético e Cruzeiro. Com boa dose de polêmica, a reunião dessa sexta-feira (7) entre Federação Mineira de Futebol (FMF), Polícia Militar e representantes dos clubes definiu que as torcidas visitantes terão direito a 10% dos ingressos nas partidas da decisão, nos dias 12 e 26, respectivamente, no Independência e no Mineirão.
De maneira surpreendente, Alexandre Kalil anunciou que exigiria a carga de bilhetes para a massa alvinegra no segundo jogo. Em setembro, ele havia declarado que abriria mão da torcida dividida no clássico enquanto fosse presidente do Galo, alegando que “o futebol virou coisa de bandido”.
A atitude irritou o mandatário celeste Gilvan de Pinho Tavares. “Eu tenho uma postura e mantenho a minha palavra, para evitar os atritos que tiveram nos jogos passados. Estive com o presente do Atlético no STJD, ambos fomos ouvidos e garantimos essa tranquilidade à população, de que não jogaríamos mais com torcida dividida para evitar confusão. Ele não manteve a palavra”, esbravejou o presidente do Cruzeiro.
“Eu achei um desaforo. É alguém querer levar vantagem. Então, tive que exigir os 10%. Caso contrário, eu não seria coerente com a torcida”, completou Gilvan.
Representante do Atlético na reunião, a diretora Adriana Branco minimizou a polêmica e disse esperar que “transcorra tudo na maior tranquilidade” durante os jogos.
Com a decisão, cerca de 2.300 torcedores cruzeirenses poderão assistir ao jogo no Horto, enquanto aproximadamente 6 mil atleticanos terão bilhetes à venda para a partida no Mineirão.