Polêmicas, controvérsias e discussões: o clássico rola em BH desde o último domingo

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
Publicado em 31/03/2017 às 19:40.Atualizado em 15/11/2021 às 13:57.

A partida mais importante do futebol mineiro, o clássico entre Cruzeiro e Atlético, acontecerá em menos de 24 horas. No entanto, os assuntos relacionados ao grande jogo, válido pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro, há dias domina as conversas nos bares, nas redes sociais, nos encontros de família, no trabalho e em qualquer canto da cidade onde o papo é o esporte bretão. 

Em seis dias, de domingo passado até esta sexta-feira (31), aconteceu de tudo e mais um pouco no que diz respeito ao acirramento da rivalidade entre cruzeirenses e atleticanos. 

No primeiro dia da semana, após as comemorações dos 109 anos do Atlético, torcedores do Cruzeiro aproveitaram um evento direcionado aos alvinegros, uma corrida de rua na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para espalhar faixas provocativas no bairro Belvedere. Nos dizeres escritos em cada um dos objetos, títulos da Raposa em destaque (veja a foto abaixo).

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Na segunda-feira, o Cruzeiro entrou em campo e enfrentou o Uberlândia em jogo isolado da 9ª rodada do Campeonato Mineiro. O empate em 2 a 2 dos celestes com o time do Triângulo Mineiro gerou, além de gozação dos atleticanos, muita polêmica pela arbitragem de Ricardo Marques Ribeiro. 

O Atlético enviou ofício à Federação Mineira de Futebol (FMF), em tom crítico, solicitando o afastamento de Ricardo Marques Ribeiro. Na visão da diretoria alvinegra, o juiz não fez um bom trabalho e prejudicou o Uberlândia em um pênalti assinalado no fim do primeiro tempo. Um membro do departamento jurídico do Galo, em entrevista, chegou a citar que o árbitro “não tinha capacidade para gerenciar jogos envolvendo o Cruzeiro”. Os dirigentes celestes não responderam ou retrucaram. 

Já a FMF saiu em defesa do profissional e afirmou que não haveria punição a Ricardo Marques. 

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Polêmica entre diretorias e FMF

Caso diferente do que aconteceu em relação às liberações envolvendo os torcedores do Atlético, que estarão em menor número (10% por ser visitante e não ter havido acordo para torcida dividida) no Mineirão. O Cruzeiro tentou se fazer valer do que chamou de “reciprocidade”, mas não obteve sucesso.  

Como a torcida celeste não pode levar faixas e bandeiras aos clássicos no Independência, bem como o clube está impedido de levar o mascote Raposão, a diretoria azul tentou que o adversário também não tivesse tais benesses no Mineirão. E, também, que o time do Galo não entrasse acompanhados dos “mascotinhos” (crianças). Na ata de reunião do clássico frisou tais proibições, que geraram discórdia e muita polêmica nas redes sociais.

O Atlético enviou ofício à Federação Mineira de Futebol (FMF) questionando, no entendimento do clube, ilegalidades nessas decisões. O Cruzeiro reiterou, também em nota, essas proibições, que acabaram sendo “derrubadas” pela FMF, que se justificou por nota.

O Cruzeiro, em uma atitude imediata e de repúdio, criticou em seu site oficial a atitude da Federação e acusou os dirigentes da mesma de “legislarem a favor do Atlético”. Isso, pois o presidente da instituição é atleticano confesso. Inclusive, conselheiro do clube. 

Celular que "treme"

Na quinta-feira o Atlético relançou o seu aplicativo para smatphones. Como na primeira “edição” do software, manteve a provocação, que o clube insiste em chamar de “bug” (uma espécie de falha técnica) relacionado ao escudo do Cruzeiro. O clube celeste é o único adversário do Galo cujo símblo interage por meio de uma vibração ao ser tocado. Isso, em alusão à provocação atleticana que afirma que o Cruzeiro “treme”.

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Do lado celeste, novamente, uma faixa foi colocada na porta da Toca II nesta sexta-feira. Com os dizeres “Sábado é guerra. O povo está com o time”, um grupo de torcedores mostrou “cartão de visitas” já conhecido em vésperas de grandes jogos. Diz-se que os mesmos responsáveis pelas faixas de domingo no Belvedere mandaram instalar o objeto nos arredores do CT azul. 

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Futebol em si

Falando especificamente de futebol, ambos os técnicos colaboraram muito para caracterizar ainda mais o clássico deste sábado. Nenhum treindor adiantou a escalação de suas equipes e o mistério reina nos centros de treinamento. 

No Cruzeiro, mandante, Mano Menezes não revela se o argentino Ramón Ábila, vice-artilheiro do clube na temporada, começa como titular. O treinador adiantou somente o retorno do meia Arrascaeta ao time. O meio-campista desfalcou a Raposa nos dois últimos jogos (Joinville e Uberlândia) para defender o Uruguai nas Eliminatórias para a Copa da Rússia 2018. 

No Atlético, Roger Machado também não divulgou o time antecipadamente. O zagueiro Leonardo Silva pode voltar ao time após se recuperar de dores no joelho. Se entrar jogando, Felipe Santana vai para o banco. O volante Marlone, contratado junto ao Corinthians na última semana, foi relacionado e pode fazer sua estreia, justamente, contra uma de suas ex-equipes. O jogador foi campeão Brasileiro pela Raposa em 2014. 

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