O confronto entre Brasil e Uruguai, na quarta-feira, no Mineirão, pela semifinal da Copa das Confederações, já mexe com a cabeça dos responsáveis pela segurança do evento. Devido à “guerra” entre manifestantes, vândalos e Polícia Militar (PM) no último sábado, próximo ao Gigante da Pampulha, a corporação admite que novas estratégias serão feitas para garantir a proteção dos torcedores que comparecerem ao estádio.
A preocupação maior é impedir que os protestantes não ultrapassem a barreira imposta pela Fifa em torno da arena. Caso contrário, ações enérgicas, como as do último jogo, poderão se repetir. “Temos um grande desafio para quarta-feira (26). Trocaremos as estratégias para que a partida siga tranquila. A defesa do perímetro do Mineirão tem sido esplêndida até aqui. Para bancar essa linha, muita gente paga um preço”, admite o comandante geral da PM, coronel Márcio Sant’Ana.
Um temor com relação ao duelo entre Brasil e Uruguai, em Belo Horizonte, também toma conta das redes sociais. Comenta-se até sobre invasões aos hotéis que abrigarão as equipes e membros da Fifa. Sant’Ana, no entanto, garante a tranquilidade. “Quem cuida das seleções e das delegações tem uma conjunção de esforços”, frisa.
Receio
Nos bastidores, a cúpula da Fifa não esconde estar apavorada com o clima de insegurança que ronda o país. O principal receio é de que a violência atinja algum dos protagonistas da competição, composta pelas seleções, autoridades, cartolas e patrocinadores, o que afetaria a credibilidade do evento.
A violência no Brasil causou, inclusive, mudança oficial de comportamento na Fifa, desde quinta-feira, quando um ônibus e um veículo da entidade foram apedrejados em Salvador. Os dirigentes só aceitaram manter o torneio, depois que receberam garantias de que até o Exército poderia ser convocado para proteger os estádios e de que a segurança deles aumentaria em 30%.