(Bruno Cantini/Atlético)
A bancada do auditório Elias Kalil na Sede de Lourdes parecia um reencontro de turma. Mais especificamente, a de 1999. Porém, 20 anos depois, as funções serão de outra natureza. O presidente Sette Câmara, que chegou ao Galo naquele ano, nomeou Alexandre Gallo e Marques para serem diretores e quem sofre efeitos imediatos é a categoria de base do clube.
Enquanto um cuidará da equipe profissional, o outro terá função de coordenar nas categorias de base. Mas a figura do ex-volante alvinegro é muito forte no trabalho das camadas inferiores. Foi nela que permaneceu por dois anos na CBF. Câmara demitiu André Figueiredo, Frederico Cascardo e Diogo Giacomini.
Além de Gallo e Marques, é um outro ex-empregado do Galo que retorna para trabalhar com os futuros craques: Gustavo Cupertino, que foi relações internacionais da base entre 2007 e 2010, e trabalhou com Gallo na CBF (fazendo parte da equipe campeã olímpica com Micale) será o gerente da base.
Gallo explicou o que trará de novo para acrescentar e melhorar o trabalho realizado por André Figueiredo e a antiga equipe. E tocou em dois pontos: a mudança de política salarial - hoje há um teto de quanto os jogadores juniores ganham, algo perto de 5 mil reais - e na captação de talentos Brasil a fora.
"Temos a ideia de fomentar um trabalho diferente do que vinha sendo feito, a gente respeita bastante o que aconteceu até agora. Mas alguns investimentos irão acontecer (...) O Atlético precisa evoluir na questão de revelar. Trabalhar com qualidade e não com quantidade. Naturalmente, com a mudança de visão da base, os investimentos irão acontecer. Queremos criar uma ramificação grande de observação técnica de todo o Brasil. Temos o mapeamento de 15 estados, para ter uma captação melhor", afirmou Gallo.
REVELAR MAIS
Sérgio Sette Câmara abriu a coletiva apresentando os novos membros do corpo diretivo do Atlético e começou a falar sobre a base do Atlético. Para ele, é preciso revelar mais jogadores ao profissional, resgatar uma tradição do clube, que chegou a montar esquadrões na década de 1970 e 1980 basicamente com "pratas da casa".
"Entendemos que o Atlético precisa voltar à origem dele e voltar a revelar jogadores para o time profissional. O Atlético sempre foi um grande revelador de jogadores, e há algum tempo não temos tido tantos assim. Tivemos Bernard, Jemerson, Gabriel. Mas entendemos que isso pode ser melhor trabalhado e melhorado".