Classificados com status de favoritos para as semifinais da Copa do Brasil, Atlético e Cruzeiro têm novamente a oportunidade de protagonizar uma tão sonhada decisão para além dos limites de Minas Gerais. O possível confronto coroaria um momento histórico em que os dois gigantes mineiros se destacam simultaneamente no cenário nacional e continental.

O Galo tem uma missão aparentemente mais complicada. Derrotado pelo Flamengo no jogo de ida por 2 a 0, no Maracanã, a equipe alvinegra precisa de uma vitória por três gols de diferença no Mineirão para avançar.

Já a Raposa venceu o Santos no primeiro duelo por 1 a 0, no Gigante da Pampulha, e leva para a Vila Belmiro a vantagem de poder empatar ou perder pela diferença mínima, desde que balance a rede do rival pelo menos uma vez. Os duelos acontecem às 22h.

DECEPÇÃO

As duas equipes já tiveram a oportunidade de disputar um título nacional, em 1970. Junto com Fluminense e Palmeiras, Atlético e Cruzeiro fizeram naquele ano o quadrangular final da Taça de Prata, torneio equivalente ao Campeonato Brasileiro na época.

O regulamento estabelecia que os quatro melhores times se enfrentassem em turno único e aquele que somasse mais pontos seria consagrado campeão. O tricolor carioca acabou levantando o caneco. “A rivalidade dentro de campo era a mesma de hoje. Fora dele, está bem diferente”, comenta Vantuir Galdino, que despontara com a camisa alvinegra naquele ano.

“Hoje, o torcedor quer ver craques em campo, mas acaba ficando nervoso, pois não tem quase nenhum”, lamenta o jogador, que demonstra pessimismo em relação às possibilidade de título para o Galo na Copa do Brasil.

FRACASSOS de 1987

Minas Gerais também estremeceu em 1987, quando atleticanos e cruzeirenses viveram nova expectativa por uma decisão nacional. No entanto, as equipes mineiras acabaram eliminadas, ambas diante de seus torcedores.
O Galo esbarrou no forte Flamengo comandado por Zico, Bebeto e Renato Gaúcho. Comandados por Telê Santana, os alvinegros perderam por 1 a 0 no Rio de Janeiro e por 3 a 2 no Mineirão.

Já Raposa de Jair Pereira, enfrentou o Internacional. Na primeira partida, em Porto Alegre, empate em 0 a 0. No jogo de volta, no Gigante da Pampulha, 1 a 0 para o Colorado, com gol de Amarildo na prorrogação. Era o fim do sonho dos mineiros.

O confronto direto entre os rivais finalmente aconteceu, mas de maneira precoce, nas quartas de final do Brasileirão de 1999. No duelo, em que apenas um dos dois continuaria com chances de título, o Atlético levou a melhor e se classificou, mas terminou como vice-campeão. Na ocasião, o time comandado por Humberto Ramos foi derrotado pelo Corinthians na final.

No ano seguinte, novamente surgiu a possibilidade de um confronto na grande decisão. Enquanto o Cruzeiro fez sua parte e eliminou o Santos nas semifinais da Copa do Brasil, o Atlético acabou esbarrando no São Paulo.

Naquele ano, a Raposa levantou o caneco pela terceira vez. “Clássico é sempre muito emocionante. Em uma final, quem ganha fica marcado”, afirma Ricardinho, um dos volantes o Cruzeiro naquela temporada. Para ele, a Raposa já está “com uma mão” na taça neste ano.

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