As críticas da imprensa inglesa a Manaus irritaram o prefeito da cidade, Arthur Virgílio Neto (PSDB). A fim de rebater os pontos que foram alvo das publicações da Terra da Rainha, o político planeja visitar o país e conceder entrevista coletiva para encerrar a polêmica.
"Pretendo fazer isso em parceria com o governador do Estado, Omar Aziz. Esse calendário será montado, primeiramente com o contato com o embaixador da Inglaterra, que foi bastante cortês conosco no sorteio dos jogos da Copa. Depois, o envio de um press release com os pontos positivos que começaram a ser corrigidos. Por fim, uma conferência de imprensa na Inglaterra para esclarecermos esses equívocos", relata Virgílio Neto.
Um dos jornais que mais atacou a capital do Amazonas foi o "Daily Mirror". Além de chamar a cidade de "homicida" e apontá-la como a 11ª mais perigosa do mundo, a publicação criticou suas instalações, afirmando ser possível encontrar insetos, baratas e ratos em seus quartos e cozinhas.
"Esses jornais que publicaram essas notícias não são grandes coisas. É um jornal que não desfruta de grande credibilidade e que não faz a mínima análise política e econômica de nada", dispara o prefeito.
Outro alvo de Arthur Virgílio Neto foi o técnico inglês Roy Hodgson. Antes mesmo do sorteio dos grupos da Copa do Mundo, o treinador afirmou que Manaus era "a sede a ser evitada", uma vez que a Inglaterra seria prejudicada por fatores como distância, umidade e calor. A cidade, no entanto, receberá o duelo entre ingleses e italianos, no dia 14 de junho.
"Ele (Roy Hodgson) pode ser inculto, mas não necessariamente uma má pessoa. A Itália vai ter uma torcida que ela nunca imaginou na vida, inclusive a do prefeito de Manaus", conclui o político, diminuindo o tom da primeira reação à declaração do inglês, a quem disse ser "pouco sensível, culto e educado".