A cidade de São Paulo continuará sendo sede de uma das etapas da Fórmula 1 até 2020. A extensão do contrato foi acertada pelo prefeito Fernando Haddad em reunião com Bernie Ecclestone, chefão da F1, após longa negociação que culminou na garantia de que o Autódromo de Interlagos seguirá recebendo a corrida por mais seis anos.
A renovação do vínculo foi condicionada, na negociação, a uma reforma que modernizará o circuito. Pelo projeto, a principal mudança será a construção de um novo prédio para receber os boxes na Reta Oposta, que passará a receber a largada da prova. As obras, que incluirão ainda o recapeamento da pista, ficarão a cargo da prefeitura.
Pelas estimativas iniciais, os gastos podem alcançar R$ 150 milhões. A nova infraestrutura, pelo acordo, deve estar à disposição da F1 a partir de 2015. Logo, a reforma deverá ser executada já no próximo ano. Ainda não há previsão de data exata para o início e para a duração das obras.
O Autódromo de Interlagos foi alvo de críticas nos últimos anos. Equipes e pilotos reclamam do espaço reduzido no paddock e nos boxes. Também pedem maior infraestrutura nas áreas exclusivas das equipes, chamadas de hospitality center, junto ao paddock.
As demandas vinham sendo verbalizadas diretamente por Ecclestone, presidente da Formula One Management, que detêm os direitos da F1. O dirigente aumentou a pressão por mudanças no ano passado e chegou a anunciar negociações para transferir a etapa de São Paulo para outras cidades do Brasil.
Antes da corrida de 2012, ele visitou as dependências do Parque Beto Carrero, em Penha (SC), que pretende construir um moderno autódromo no futuro. Ecclestone chegou a se reunir com o governador Raimundo Colombo numa tentativa de acelerar a resposta da prefeitura de São Paulo. Quase um ano depois, o chefão da F1 enfim selou a renovação do contrato com a capital paulista.
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