(VANDERLEI ALMEIDA)
Maior medalhista brasileiro da história dos Jogos Paralímpicos, o nadador Daniel Dias se tornou na última segunda-feira à noite o primeiro atleta do País a ganhar por duas vezes o prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte. Na 14.ª edição do evento, realizada pela primeira vez na América do Sul, - no Theatro Municipal, no Rio -, ele recebeu o prêmio de Paratleta do Ano das mãos de dois brasileiros: Cauã Reymond e Fernanda Lima. E, ao faturar a honraria, destacou que prevê um Brasil forte na Olimpíada e na Paralímpiada de 2016, que serão na capital carioca.
"Para 2016, temos tudo para mostrar que não somos apenas o País do futebol", disse o atleta, que também detém o maior número de indicações entre brasileiros para o Laureus: cinco. Além dele, que venceu pela primeira vez em 2009, já ganharam a premiação Pelé, Ronaldo, Bob Burnquist e Raí, além da seleção pentacampeã do mundo, de 2002.
"Estamos carentes de bons exemplos, não de ídolos", disse o nadador, que espera estar motivando crianças por todo o País. "Quem sabe um dia não poderei nadar ao lado de alguém que me viu competindo, e conquistaremos uma medalha no revezamento", completou.
Já o norte-americano Michael Phelps, que concorria com Lionel Messi e Usain Bolt ao prêmio de Atleta Masculino do Ano, viu o velocista jamaicano conquistar esta honraria pela terceira vez. Porém, presente ao Theatro Municipal, o agora aposentado nadador de 27 anos comemorou o fato de ter recebido o prêmio de Conquista Excepcional do Ano, criado para o atleta para reconhecer os feitos históricos de sua carreira.
"Uma das coisas mais legais do Laureus é que ele é dado por atletas que são ícones em seus esportes", disse o norte-americano, que na entrevista coletiva depois de receber o troféu "perdeu" uma palavra ou outra - segundo ele, pela emoção. "Minha vida segue ficando melhor e melhor. É um ótimo jeito de terminar a carreira", destacou.
Vencedora do prêmio de Atleta Feminina do Ano, a britânica heptatleta Jessica Ennis deu um recado para os atletas brasileiros, em especial os do atletismo. "Competir com um estádio lotado, com 100% da plateia a seu favor é a experiência mais surrealista que já tive. Pressão é algo bom", disse a atleta, que prometeu, mesmo no Rio, treinar nesta terça-feira para não perder a boa forma.
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