O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, afirmou nesta quinta-feira que a entidade tem a "melhor boa vontade" com o Bom Senso FC, grupo de jogadores que cobra melhorias nas condições de trabalho no futebol brasileiro. O dirigente, porém, lembrou que precisa consultar a Rede Globo com relação a qualquer mudança no calendário nacional.
"Temos a melhor boa vontade, mas precisamos atender todos os segmentos. Temos que ouvir principalmente a Globo, que é quem paga a conta. A CBF precisa conduzir esse caso com habilidade e muitas questões são entre jogador e clube porque é o clube que paga o jogador", afirmou Marin, lembrando que a emissora investe pesado para ter o direito de transmissão dos campeonatos e, por isso, tem privilégios.
O dirigente falou com a imprensa nesta tarde durante coletiva em que a CBF apresentou o seu 14.º patrocinador - a EF English Town, que oferece cursos de inglês online, assinou por cinco anos por valores não revelados. Ali, Marin ponderou que a entidade que comanda não pode ser a única cobrada pelos jogadores.
"Já nos reunimos duas vezes e algumas propostas colocadas já haviam sido debatidas há algum tempo. Mas algumas providências exigem a presença de várias partes. Até porque tem coisas que são ligadas a alteração de legislação trabalhista", lembrou Marin.
Quando questionado se o Bom Senso tem sido exigente demais ao cobrar um calendário mais enxuto para os clubes grandes, mas com mais jogos para os pequenos, além do fair play financeiro, Marin saiu pela tangente: "A CBF está sempre aberta para buscar soluções".