Os 54 países que compõem a Confederação Africana de Futebol (CAF) vão votar em Joseph Blatter na eleição presidencial da Fifa, que será realizada no próximo mês, garantiu nesta terça-feira o presidente da entidade, Issa Hayatou, se referindo ao dirigente suíço de 79 anos como "querido Sepp".
Na frente dos três adversários de Blatter, Hayatou, prometeu apoio unânime em seu discurso de abertura do congresso da anual da CAF no Cairo. "A África está confortável em ter você. A África permanece com você", disse Hayatou. Blatter também esteve presente, e fez um discurso para os líderes do futebol africano, como presidente da Fifa.
Embora os países não tenham que seguir a diretriz de Hayatou, a expectativa é para que a África seja uma forte base de apoio para Blatter. Com 54 dos 209 países-membros da Fifa com direito a voto na eleição presidencial, marcada para 29 de maio em Zurique, a África é a maior das seis confederações continentais.
O louvor a Blatter no Egito contrastou com sua recepção desconfortável no Congresso da Uefa no mês passado, quando a sua gestão foi criticada pelos três adversários na eleição e também por alguns dirigentes europeus.
Hayatou, um dos vice-presidentes da Fifa, e agora um aliado de Blatter após não vencê-lo na eleição de 2002, fez uma aparente referência ao Congresso da Uefa nesta terça-feira. "Caro Sepp, eu quero reiterar que aqui na África você nunca estará em um território estranho ou hostil. Você deve estar sempre em casa aqui, neste continente".
Blatter buscará um quinto mandato no comando da Fifa, estendendo a sua permanência iniciada em 1998. O príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, um dos vice-presidentes da Fifa, Michael van Praag, presidente da Federação Holandesa de Futebol, e o ex-jogador português Luis Figo serão seus adversários.
Esses três candidatos não vão discursar para os delegados da CAF, como fizeram no Congresso da Uefa. A confederação disse que os três estavam participando do evento apenas como "observadores".
Em seu discurso, Blatter refletiu sobre as realizações da África durante seu tempo como o presidente da Fifa, incluindo a Copa do Mundo de 2010, a primeira e única realizada no continente. Ele disse que o camaronês Hayatou, foi um "pilar" do futebol africano.
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