Presidente da Topper assiste jogo do Galo e admite que há interesse

Frederico Ribeiro e Henrique André
esportes@hojeemdia.com.br
19/11/2016 às 13:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:43

(Bruno Cantini/Atlético)

No primeiro camarote do setor VIP Ismênia, Paulo Ricardo de Oliveira assistiu ao jogo entre Atlético e Palmeiras pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Quando se planejou para vir a BH e estar no Horto, o presidente da Topper imaginava que este seria o jogo que decidiria o Brasileirão. Expectativa frustrada, mas que foi compensada com a chance de se aproximar da diretoria alvinegra e sondar a chance de retornar à camisa do clube.

Atlético e Dryworld irão romper o laço contratual até o fim desta temporada. Ciente disto, a Paulo Ricardo admite que há um desejo de abrir negociações com o clube mineiro. Se antes era as internacionais Under Armour, Adidas e Nike que estavam no páreo, a empresa brasileira pode vencer a corrida se apresentar uma proposta financeira mais vantajosa que as concorrentes líderes de mercado.

"Logicamente, sempre monitoramos o que acontece no mercado, nos clubes, e há um interesse da Topper. Fomos parceiros do Atlético entre 2010 e 2012. Inclusive, a primeira camisa que o Ronaldinho usou no Atlético foi da Topper. Houve uma ótima parceria. Há o interesse, mas não há proposta nem nada. Logicamente, e isso e até o meu papel, estive no Independência e aproveitei para dar uma 'assuntada' na situação do Atlético", disse Paulo Ricardo, ao Hoje em Dia.Bruno Cantini/Atlético / N/A Ronaldinho chegou ao Atlético, em 2012, para vestir Topper, no último ano de parceria entre clube e empresa

No duelo que terminou em empate no Horto, o executivo esteve ao lado do empresário Franck Henouda, representante do Zenit e ex-representante do Shakhtar Donetsk, e chegou a conversar com João Gomide, diretor comercial do Atlético. Apesar de admitir o desejo de fechar com o Atlético, Paulo explicou que não foi ao estádio com este intuito, em princípio.

"Eu estive no Independência pois já havia programado para assistir ao jogo entre Atlético x Palmeiras, pois imaginava que poderia ser o duelo que decidira o Campeonato Brasileiro. Coincidiu a data também por eu ter ido até a região de Minas Gerais e o Centro-Oeste para reuniões da empresa. Então, não fui ao jogo essencialmente para conversar com o Atlético", completou.

Quando Ronaldinho vestiu Topper, em 2012, a empresa fabricava as camisas do Atlético na Fillon. Esta fábrica têxtil teria certa resistência da diretoria alvinegra. Porém, a Topper não tem contrato mais com a Fillon, pois foi vendida pela Alpargatas à dois investidores, no fim do ano passado. Assim, poderia firmar acordo com a Tecnotêxtil, a fábrica de Três Pontas (MG), a responsável por produzir as camisas do Atlético assinadas pela Dryworld desde o mês passado.

Um deles é o próprio Paulo Ricardo, que fez sociedade com o empresário Carlos Wizard após um investimento de quase R$ 50 milhões, que contou com a compra da marca Rainha.

Além do contrato financeiramente mais vantajoso, o Atlético quer fechar com uma empresa capaz de produzir todo o enxoval de 2017 nos dois primeiros meses. Em 2010, quando fechou com o Galo, a Topper só foi capaz de fabricar e distribuir o novo uniforme em março. Em janeiro e fevereiro daquele ano, a empresa disponibilizou peças provisórias para treinos e jogos de início de temporada. 

No Brasil, a Topper estampa a camisa de Botafogo, Náutico, Paraná, Ceará, Brasil de Pelotas e Remo, além do Racing, na Argentina.

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