

As dívidas tributárias do Cruzeiro foram tema da "Live do Presidente" desta quinta-feira (23) na Toca II. O presidente Sérgio Santos Rodrigues, após o Hoje em Dia noticiar que a União cobra R$ 7,4 milhões do clube, pelo não repasse de imposto de renda no ano de 2019, garantiu que o departamento jurídico celeste está atento a todos os problemas que envolvem processos judiciais na esfera Federal.
"Temos planejamento. Óbvio que conhecemos todos os processos que o Cruzeiro sofre, sobretudo os processos que envolvem tributos municipais, estaduais e federais. Então nada surpreende a gente porque quando você tem planejamento, você está pronto para qualquer coisa que possa acontecer", comentou.
A execução de quase oito milhões por parte da Justiça Federal de acordo com o presidente celeste preocupou investidores e conselheiros. Sérgio Santos Rodrigues espera conseguir no futuro o parcelamento das dívidas tributárias azuis.
"A gente recebeu muita consulta, conselheiros, até patrocinadores preocupados, nos dizendo: 'nossa, mas isso daí vai acabar, vai ser um problema muito grande para o Cruzeiro. (...) No caso específico, o Cruzeiro não foi citado no referido processo. Só quando formos citados haverá prazo para recurso, e há a possibilidade sempre em caso tributário, porque a pandemia impossibilita, a gente já fez o contato com nossos representantes legais, vamos à Procurardoria Geral da Fazendo Nacional, buscar sentar e parcelar todos esses débitos. Eu não nego hora nenhuma o modelo que a gente tem do Flamengo, e conto sempre isso. O Bandeira, antes da posse dele, foi até à Procuradoria, assentou, até contou na época que não era muito comum isso, um clube de futebol procurar o fisco para dizer 'eu vou te pagar, mas dentro da minha necessidade'. A gente quis fazer isso, só não fizemos isso devido à pandemia. Mas vamos fazer, vamos resolver isso", disse.
Não repassar imposto de renda retido na fonte ao Governo Federal pode ser considerado crime, de acordo com Sérgio Rodrigues, que é advogado. O dirigente disse que tentará imputar responsabilidades aos ex-gestores do Cruzeiro.
"A única coisa que nos entristece é um caso que tem como origem um imposto de renda, retido na fonte que se fala, de um período entre janeiro e fevereiro de 2019. Ou seja, a gestão que estava aqui se apropriou desse imposto e não deu a destinação devida que era o pagamento. Houve um erro muito grande aí, tanto é que o que estamos fazendo: vamos tentar, a partir de agora, culpar quem fez isso. E quem fez nós sabemos, nome e sobrenome de quem estava aqui em fevereiro e março de 2019. A gente já falou que vai ser implacável com esse pessoal, continuaremos sempre assim. Entendemos que isso, inclusive, configura crime de apropriação indébita. Vamos oficiar o Ministério Público Federal que abra um processo criminal contra essas pessoas que lesaram o Cruzeiro duplamente. Eles retiveram esse dinheiro, mas não deram a destinação correta", revelou.