(Arquivo Pessoa; Hoje em Dia)
"Vai diminuindo a cidade, vai aumentando a simpatia. Quanto menor a casinha, mais sincero o bom dia". O trecho da música "Simplicidade", da banda Pato Fu, traduz perfeitamente a história de uma menina de 10 anos, que viu na internet a oportunidade de alcançar alguns sonhos. Conhecer o atacante Neymar e entrar em campo no colo do ídolo foi o primeiro deles. Da pequena Comercinho, no Vale do Jequitinhonha, Ana Clara Ornelas Gusmãos dá exemplo de alegria e fé na vida. Mas ela precisa da ajuda de todos.
Clarinha, como é chamada por familiares e amigos, é portadora de uma doença rara - a Síndrome de Hutchinson-Gilford. A condição, popularmente conhecida por Progéria, acelera o processo de envelhecimento em cerca de sete vezes. Desde que foi identificada, apenas cem casos foram relatados em todo o mundo.
Ter uma casa adaptada é a maior necessidade que a filha de Antônio, de 61 anos, e Glacilda, de 53, tem neste momento. A família mora em uma moradia muito simples, e quer requer adaptações, principalmente no banheiro, para acolher bem a menina. Além de baixa estatura, Clarinha tem a estrutura óssea bem frágil. De dois em dois anos, ela viaja até Boston, nos Estados Unidos, onde passa por uma bateria de exames e recebe medicamentos para retardar o avanço da doença. Todas as despesas são custeadas pela ONG Progeria Research.
Cruzeirense e fã do goleiro Fábio, a pequena não se deixa abalar pelo problema de saúde imposto pela vida. A doença, que fragiliza a vida dela, não tem cura. Com mais de 1,5 milhão de seguidores no TikTok e outros quase 70 mil no Instagram, ela esbanja simpatia mundo (virtual) afora.
"O pessoal da cidade é muito gentil com ela. Às vezes, na escola, ela acaba sofrendo um pouco de preconceito, mas a gente conversa bastante. Ela já entende. Nas redes sociais, também há alguns momentos em que isso acontece, mas eu explico a ela que isso é inveja", conta uma das irmãs da menina, Fernanda, em entrevista ao Hoje em Dia.Um dos sonhos já realizados foi conhecer o ídolo Neymar
Reforma da casa
Engenheiros voluntários avaliaram a casa da família e concluíram que, por se tratar de uma construção muito antiga, erguida com tijolos de barro, não é possível simplesmente reformá-la. A adaptação do imóvel exigira uma demolição e a construção de um lar novo. O projeto da equipe estima que a construção custe cerca de R$ 86 mil.
Ao incluir as taxas que cobradas pelo site Vakinha - onde uma campanha está sendo feita para arrecadar o valor necessário - (6,5% + R$ 0,5 por doação + R$5 por saque a cada R$5 mil), o montante chegaria a R$ 92 mil. Até o momento, foram arrecadados cerca de R$ 24 mil.
Ajude:
Para conhecer mais a história de Ana Clara e ajudar, doando qualquer quantia, acesse: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-clarinha-ana-clara-ornelas-gusmao