Nos últimos anos, o Brasil melhorou expressivamente seu resultado nas provas internacionais e olímpicas de natação. A depender dos números da nova geração de nadadores do Brasil, a expectativa cresce ainda mais. Felipe Ribeiro de Sousa, atleta de 17 anos da Unisanta, por exemplo, recentemente nadou abaixo dos 50 segundos os 100 metros livre na categoria Juvenil II, feito nunca antes alcançado por um brasileiro. Agora, ele se prepara para a disputa do Troféu Maria Lenk, entre os profissionais, que terá início nesta segunda-feira (6).
No Campeonato Brasileiro Juvenil de Verão, que aconteceu entre 26 e 29 de novembro de 2014, Felipe atingiu a impressionante marca de 49s93 nos 100m livre com apenas 16 anos, quebrando o recorde do amigo Matheus Santana. "Temos uma relação muito boa. Treinamos juntos e aprendemos um com o outro, além de existir uma admiração mútua", afirmou.
Felipe cita o companheiro de equipe na Unisanta como uma de suas referências ao lado de ninguém menos do que Michael Phelps, maior medalhista olímpico de todos os tempos. Nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014, Matheus Santana faturou duas medalhas de prata (nos 50 metros livre e no revezamento 4x100 metros livre misto) e uma de ouro - esta nos 100 metros livre - quebrando o recorde mundial Júnior e anotando nada menos do que o quinto melhor tempo entre todas as competições mundiais do ano, com 48s25.
César Cielo, por exemplo, atual recordista mundial da prova, chegou à marca de 51s99 quando nadava na categoria Juvenil II, ou seja, cerca de dois segundos acima do tempo de Felipe Ribeiro. É bom lembrar que, na prova dos 100 metros, dois segundos é um tempo considerável. Nathan Adrian, atual campeão olímpico, chegou apenas a 50s99.
Nadando competitivamente desde os nove anos pela Unisanta, o jovem atleta nega se sentir "pressionado" pelos números expressivos: "Pelo contrário. Depois da marca dos 49s93, tive um 'estalo' de motivação. Afinal, se já consegui chegar até aqui, posso conseguir muito mais", afirmou.
Agora, o objetivo de Felipe Ribeiro, além de baixar ainda mais seu tempo na prova, é o de participar dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. "Me vejo em 2016, acho possível. Me considero com grandes chances, porém seria mais por uma questão de primeira experiência, para, a partir de 2020, ir em busca do sonho olímpico", projetou.
Porém, para o Troféu Maria Lenk, que tem início nesta segunda-feira, Felipe Ribeiro já se vê em nível competitivo. "Meu tempo não é muito abaixo dos outros. Para este ano, pretendo pular a etapa da final B e chegar à final A", revelou Felipe, que aos 17 anos, já disputará sua terceira edição do torneio.