Na semana em que Curitiba foi ameaçada pela Fifa de ficar fora do Mundial, um grupo de aproximadamente 200 pessoas, segundo os organizadores, engrossou o coro e participou do protesto "Eu não quero Copa" no final da tarde deste sábado. A manifestação partiu da Boca Maldita, na área central da cidade e chegou a interromper a apresentação de um grupo que participava da Oficina de Música, o que gerou algumas reclamações do público. A marcha foi até a Prefeitura e em seguida se dispersou.
O aposentado Jorge Luiz Buck, de 71 anos, fazia um protesto particular. Com uma camisa da seleção brasileira com a inscrição "O Petróleo é Nosso", ele acredita que nossas divisas econômicas continuam sendo cobiçadas pelos norte-americanos."Não sou totalmente contra a Copa, mas da forma como ela está sendo realizada, com muito dinheiro em estádios. Além disso, não podemos esquecer nossa luta pelas riquezas, precisamos cuidar muito bem delas", comentou.
Para Marcelo Santana, as pessoas devem mesmo se manifestar e mostrar sua contrariedade com a Copa. "Não é possível termos um estádio que já estava quase concluído custando uma vez e meia seu valor, essas coisas que nos revoltam, pois sabemos que faltam serviços básicos", comentou.
Durante a caminhada, os manifestantes sentaram-se em diversos cruzamentos por cerca de dez minutos, provocavam algum tipo de engarrafamento, mas logo o trânsito era liberado.
A manifestação, que não teve acompanhamento policial, teve seu momento mais tenso na parte final, quando alguns manifestantes cercaram o prédio da Prefeitura e chegaram a atirar pedras. Neste momento os guardas municipais chegaram, mas não houve algum tipo de repressão. No final, o saldo foi de um ônibus e algumas agências bancárias pichadas como símbolo do anarquismo, além de uma estação tubo ser atingida por uma pedrada.
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