Renan Barão promete manter agressividade de sempre

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
Publicado em 22/05/2014 às 08:15.Atualizado em 18/11/2021 às 02:41.
 (Alexandre Loureiro)
(Alexandre Loureiro)

Pela primeira vez, desde que se tornou o campeão dos pesos galo (até 61kg) do UFC, seja interino ou linear, o potiguar Renan Barão subirá ao octógono com um favoritismo enorme. Diferentemente das lutas anteriores, quando enfrentou um adversário com números imponentes, no sábado, no UFC 173, que será realizado no MGM Grand Garden, em Las Vegas, nos Estados Unidos, o brasileiro irá encarar o americano TJ Dillashaw, que conta com um cartel pobre de nove vitórias e duas derrotas.

Para piorar a situação, desde que entrou no Ultimate, Dillashaw lutou sete vezes, venceu cinco e perdeu duas, inclusive o penúltimo combate, contra o também brasileiro Raphael Assunção. O que, para os parâmetros atuais, é muito pouco para se chegar a uma disputa de cinturão. “Para mim, o Raphael Assunção estava na frente, mas, depois da lesão dele, realmente o TJ era o próximo da fila. Ele é um lutador muito bom, tem um wrestling muito forte e mostrou que merece sim essa chance”, avalia Barão.

O brasileiro, que só foi derrotado uma vez na carreira, na primeira luta profissional no MMA, em abril de 2005, é dono de um incrível cartel com 32 vitórias, um empate e uma luta sem resultado. O favoritismo do potiguar é tanto que, nas casas de aposta, ele paga cinco vezes menos que o americano. “Entrar com esse favoritismo não muda nada pra mim. Minha forma de lutar é sempre a mesma. Treinei muito nos últimos meses e vou ser agressivo como sempre, partindo para o nocaute ou para a finalização”, garante Barão, que já fez duas defesas de cinturão interino e uma do linear.

Franco-atirador

Do outro lado, Dillashaw encarna o espírito de “franco-atirador” para conseguir derrotar o campeão. Se inspira no compatriota Chris Weidman, algoz de outro brasileiro, Anderson Silva. “Se eu não acreditasse que posso vencê-lo, não estaria aqui. Acredito em mim 100%. Todas as histórias felizes acabam um dia. Ninguém acreditava que Weidman venceria Anderson Silva. Veja o que aconteceu. Ele o derrotou duas vezes. Eu tenho chance de vencer o Barão. Tenho as habilidades e as armas necessárias para fazer isso e vou provar”, define TJ.

Apesar de ser o combate principal e valer título, Barão x Dillashaw corre risco de ser ofuscado pelo duelo entre os meio-pesados (até 93kg) Daniel Cormier e Dan Henderson, que se enfrentam na penúltima luta. O vencedor pode ganhar também direito a disputar o cinturão da categoria, atualmente com Jon Jones.

Minientrevista

Mudou alguma coisa desde que você se tornou o campeão linear do UFC?
Não mudou muita coisa. Estou feliz agora, mas já me sentia campeão antes. A responsabilidade é sempre a mesma, e trabalho duro todo dia para ficar com esse cinturão por bastante tempo no Brasil.

Muita gente critica o Dedé Pederneiras por “segurar” o jogo do José Aldo. Você também vai mudar a forma de lutar?
Não existe isso de “segurar” o jogo. Vou continuar sendo o Barão de sempre, com meu estilo agressivo e partindo pra cima dos adversários. Eu luto tentando dar show para quem está na arena e para quem fica acordado até tarde em casa pra me ver.

Você e o Dedé prepararam alguma surpresa para essa luta de sábado?
A gente tem a nossa estratégia sim. O Dedé e o Jair Lourenço estão sempre pensando nisso. Mas não posso revelar.

Recentemente, lutadores que estavam invictos há muito tempo acabaram perdendo. Como você vê isso?
Não tenho medo de perder. Trabalho forte e motivado todos os dias para continuar vencendo e com esse cinturão por muito tempo.ógico que as derrotas dos outros também me alertaram.

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