Rezando pela saúde da mãe, Cuca chega ao Atlético buscando 'fôlego' na vida e novas glórias no clube

Henrique André
@ohenriqueandre
16/03/2021 às 16:58.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:25
 (Pedro Souza/Atlético)

(Pedro Souza/Atlético)

Sala de coletiva virtual cheia, e um elenco de peso para a apresentação. Assim foi a primeira coletiva de Cuca neste retorno ao Atlético, realizada na Arena MRV. Ao lado do técnico, o presidente Sérgio Coelho, o diretor-executivo Rodrigo Caetano e o gerente Victor deram as boas vindas ao curitibano de 57 anos, campeão da Libertadores em 2013 pelo Alvinegro.

"Prometo fazer o meu máximo assim como fiz da outra vez. Não é o momento que eu queria estar vivendo hoje, com minha mãe numa situação muito delicada de saúde. Mesmo assim me prontifiquei a trabalhar e dar o meu melhor; quando não estou em campo, estou sempre ligado com o hospital para torcer para que ela fique por mais tempo entre nós", disse Cuca. A mãe, dona Nilde, está lutando para se recuperar da Covid-19.

"Não foi uma decisão fácil por este momento de saúde da minha mãe. Refleti muito com a minha família e a gente entendeu que estarei juntos com eles na fé e no espírito. Era uma grande vontade que eu tinha de trabalhar de novo aqui no Galo. Depois de sete anos, consigo. Assim como eu sentia da última vez", acrescentou.
Apesar deste desgaste psicológico, Cuca garantiu foco no Atlético e vê que as condições atuais são melhores do que as daquela época, quando assumiu a equipe em patamar abaixo.

"Hoje as condições são até melhores do que naquela época. Não sei qual competição vamos buscar, em qual delas seremos campeões, mas o que eu tenho certeza é que quero brigar por todas elas", afirmou.

Estilo de jogo:
"Tenho meu estilo de jogo. Sempre tento colocar a equipe o mais à frente possível com o máximo de organização. O Sampaoli também era assim, mas cada um tem seu jeito. O nosso desafio é extrair o máximo de cada um deles, mobilizando também quem está de fora. Vamos disputar muitas partidas. Vamos usar todo mundo".

Cucabol (ligaração direta, chuveirinho, etc):
"Foi um tema que foi criado no Palmeiras. Temos que utilizar os jogadores que temos à disposição, da melhor forma. A cobrança de lateral do Marcos Rocha na área, por exemplo. É uma coisa que não me incomoda e que conseguimos títulos. Temos que guardar como coisas boas e não ruins.

Caso Berna (condenação em 1987):
"Este assunto tem que ser debatido sempre, não só no futebol. Coloquei minha família na frente da câmera e dei meu depoimento. Falei o que tinha que falar. Sou uma pessoa de bem e fiz muitas amizades aqui em Minas. O que eu tinha que falar junto da minha família e pra mim é um episódio que já está superado"

Uso do elenco:
"Quando passei aqui em 2011, 12 e 13, nós fizemos uma remontagem trocando 19 jogadores, tendo êxito. No Santos, não pude contratar. Aprendi que às vezes temos em casa o que a gente procura fora. Nada melhor que tempo de treinamento e jogos para entender o que a gente tem. Deixar os jogadores mostrarem o potencial".

"É um grande elenco. Um elenco recheado de grandes jogadores. Temos que saber distribuir as peças e encaixá-las. Cada treinador tem seu jeito para isso. Sempre me comprometo em cada clube que passo que colocarei em campo quem estiver melhor nos treinamentos e nos jogos; aqui será também".
Aproveitamento da base:

"Da última vez que estive aqui, aproveitamos bem a base. Hoje temos 45 jogadores. É impossível trabalhar com este número. Você não tem como contentar a todos e o trabalho não será de excelência. Temos que diminiuir este número. Alguns precisam ser emprestados para ganharem corpo e depois voltarem ou serem vendidos. Já fiz isso em diversos clubes. Não tem saída". 

Status de favoritismo:
"Um elenco muito bem formado gera uma expectativa de título e de conquistas. Temos que saber conviver com esta situação". 

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