Ricardo Resende valoriza empate e destaca poder de reação do Cruzeiro diante do Avaí

Guilherme Piu
11/08/2019 às 21:23.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:57

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

O Cruzeiro já tem um novo treinador. Rogério Ceni será apresentado como novo comandante da Raposa nesta terça-feira, na Toca da Raposa II. Como o clube não havia contratado em tempo hábil um novo técnico antes da partida contra o Avaí, coube a Ricardo Resende o papel de interino no empate em 2 a 2, na Ressacada, na tarde deste domingo, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Diante do quadro crítico da Raposa, que há oito jogos não marcava gols e há quase 20 segue sem vencer, Ricardo Resende avaliou o resultado alcançado fora de casa mesmo com circunstâncias adversas, como a expulsão de Edilson, por exemplo.

“Agradeço a confiança da diretoria. Foram três dias intensos. Procuramos melhorar algumas coisas em relação ao jogo ofensivo e usamos os treinos de sexta e sábado para trabalhar ações ofensivas. É claro que viemos aqui para buscar a vitória, até porque o Fluminense e a Chapecoense perderam e era uma oportunidade para sairmos da zona de rebaixamento. De acordo com as circunstâncias do jogo, com um jogador a menos, perdendo de 2 a 1, conseguimos fazer o 2 a 2, elevamos o moral dos atletas para eles seguirem fortes. Temos uma caminhada longa na temporada ainda e o Cruzeiro tem muito potencial. Esperamos que o Rogério Ceni possa fazer um grande trabalho e tirar o time da zona do rebaixamento e sonhar com o título da Copa do Brasil”, disse.

O lateral-esquerdo Egídio foi muito contestado pelo torcedor. Ele esteve no lance do primeiro gol do Avaí, quando não conseguiu cortar a bola que chegou ao meio-campista do time adversário, Pedro Castro, e cometeu o pênalti em Caio. Lance que originou o gol de Brenner, o segundo dos catarinenses. 

“Em relação à escalação, eu optei pela entrada do Egídio, tanto ele quanto o Dodô são ótimos laterais. A ideia era ficar com o Henrique e o Ariel Cabral mais de segundo volante, organizando o jogo. O Egídio que tem um jogo ofensivo muito bom, ele e o Pedro Rocha faziam o dois contra um na beirada. Do lado direito o Orejuela com o Marquinhos. Com a ausência do Thiago Neves, trouxe o Robinho para a meia, que ele é um meia organizador. Foi para termos a organização do Robinho e a opção de dois contra um dos lados do campo. O primeiro gol no início atrapalhou um pouco a estratégia. querendo ou não veio toda a carga da eliminação na Libertadores, perder o clássico, a derrota para o Inter. No segundo tempo, com a troca do Ariel Cabral com o Robinho de segundo volante, a equipe melhorou ainda mais. O David entrou muito bem e o Pedro Rocha que é um meia-atacante muito lúcido para jogar, fez uma partida brilhante. Conseguimos fazer o 1 a 1 e tivemos chance de fazer o 2 a 1 no lance do Sassá, que estava realmente impedido. Tivemos ainda o pênalti num lance de desatenção, que poderíamos ter evitado”, explicou o treinador interiono. 

Mesmo sem quebrar o jejum de falta de vitórias - Em 19 jogos o Cruzeiro venceu apenas uma partida -, Ricardo Resende comemorou o fato de a equipe voltar a fazer gols. 

“Vamos parabenizar o grupo pelo poder de reação. Há muito tempo o Cruzeiro não fazia gols e eles conseguiram fazer dois gols. Temos que olhar o lado positivo também. Para mim foi uma experiência fantástica, agradeço aos atletas. Fui muito bem recebido por todos. É um grupo muito profissional e torcemos para que eles possam sair dessa situação e conquistar coisas grandes para o clube”, analisou. 

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