Riquelme não veste mais a camisa do Boca

Gazeta Press
Publicado em 05/07/2012 às 17:30.Atualizado em 21/11/2021 às 23:21.
 (ALEJANDRO PAGNI/AFP PHOTO)
(ALEJANDRO PAGNI/AFP PHOTO)

O meia argentino Riquelme anunciou nesta quinta-feira (5) sua saída da equipe do Boca Juniors, depois da derrota por 2 a 0 para o Corinthians  na final da Copa Libertadores. Com a decisão, o jogador deixou o seu futuro e o do clube envolvido em dúvidas.

“Falei com meus companheiros e com o presidente do clube, Daniel Angelici, e comuniquei que não vou continuar. Me sinto vazio, não tenho mais nada para dar ao clube", afirmou o capitão do Boca à imprensa logo após a partida disputada na noite de quarta-feira em São Paulo.

A saída de Riquelme, grande ídolo da torcida 'xeneize' nos últimos anos tem para o Boca um impacto ainda maior que a derrota na final da Libertadores, o grande objetivo do clube para esta temporada. Riquelme, de 34 anos, conquistou dez títulos com o time argentino e teve passagens em dois clubes espanhóis, o Barcelona e o Villareal.

"Vou sair do Boca. Amo este clube, esta camisa. Desejo o melhor à torcida do Boca, mas não vou continuar. Não estou 100% e não posso jogar pela metade. É uma decisão minha", disse em meio a lágrimas na saída do estádio do Pacaembu, em São Paulo.

As conseqüências imediatas da saída de Riquelme, que tinha contrato para mais duas temporadas, são imprevisíveis, já que o meia era considerado o melhor jogador da equipe, além de ser o capitão e a principal referência do grupo.

Na volta para a Argentina, o presidente do Boca, Daniel Angelici, avisou que falou com o jogador e detalhou que "depois do almoço (antes da partida) ele me pediu para conversar e me anunciou a decisão, que foi decidida unilateralmente".

"Como torcedores estamos tristes. Vamos ver se podemos reverter a situação para que ele volte a jogar pelo Boca. Se não pudermos, vai ser algo doloroso, porque é o último ídolo que o clube tem".

Na volta das férias, que começaram depois da derrota na final da Copa Libertadores, o treinador Julio César Falcioni deve preparar uma nova estratégia, já sem o principal atleta, ao redor de quem girava o esquema tático.

O Boca Juniors lutava por uma inédita "tríplice coroa", por ter chances de levantar troféus em três torneios, mas terminou com as mãos vazias ao perder a final da Libertadores e o título do Torneio Clausura (segunda parte do Campeonato Argentino) nas últimas rodadas. Agora resta apenas a decisão da Copa da Argentina, que será disputada contra o Racing em agosto.

Assim como quando anunciou a saída da seleção argentina por uma inimizade com Diego Maradona, então técnico da equipe nacional, Riquelme deu adeus ao Boca em meio a fortes rumores sobre desavenças entre os jogadores e Falcioni, técnico da equipe, além das diferenças pessoais com o presidente do clube argentino.

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