O início desastroso de Cruzeiro e Atlético na Copa Libertadores reflete diretamente no clássico de domingo (8), válido pela 6ª rodada do Campeonato Mineiro. Dos 60 mil ingressos disponíveis, dificilmente todos serão vendidos até o dia do duelo entre os dois rivais.
Pelo menos é o que espera o clube celeste, mandante na partida. “Acredito que o empate com o Huracán reduz a expectativa de público contra o Atlético”, afirmou o gerente de futebol da Raposa, Valdir Barbosa, se referindo ao empate sem gols com o time argentino, na quarta-feira, pela competição continental.
Outro fato que ratifica a descrença quanto a um Mineirão lotado no domingo é a recusa do Atlético, visitante, em receber os 10% de bilhetes a que tem direito. Dos 6.043 ingressos que poderia solicitar, o alvinegro usará apenas 1.050.
De acordo com o diretor jurídico do clube, Lásaro Cândido, vários fatores influenciaram na decisão da diretoria atleticana: a proximidade do início das vendas até o jogo, o valor dos ingressos e a importância da partida – teoricamente baixa, por se tratar de uma rodada da primeira fase do Estadual – são alguns exemplos.
Caso optasse pela carga total, o Galo teria que desembolsar, à vista, cerca de R$ 500 mil até a tarde da última quarta-feira (4). Com a decisão de solicitar um número menor, o custo caiu para R$ 87,5 mil. “Propusemos ao Cruzeiro tentar vender os 6 mil ingressos e devolver aqueles que sobrassem, mas eles não quiseram. Exigiram pagamento à vista”, disse Cândido.
No entanto, apesar de não pleitear os 10% dos bilhetes, o Atlético continuará usando todos os setores do Mineirão disponibilizados pelo Cruzeiro e aprovados pela Polícia Militar. Segundo o diretor jurídico alvinegro, um terço dos ingressos de cada setor – 350 de cada – foi adquirido e a carga será vendida aos atleticanos, com preços a R$ 50, R$ 80 e R$ 120.
Futuro
Durante a reunião pré-clássico, na manhã de quarta-feira (4), na sede da Federação Mineira de Futebol, o gerente de futebol do Cruzeiro disse que haverá um encontro entre os presidentes celeste, Gilvan de Pinho Tavares, e alvinegro, Daniel Nepomuceno, para definir um padrão para os próximos clássicos.
Segundo o dirigente, a relação entre ambos é a melhor possível e partidas com torcidas divididas igualmente é um dos assuntos a serem discutidos por eles.