(Wesley Rodrigues)
Buffon, Pirlo, Eto’o, Drogba, Gerrard e Lampard. Todos craques da década passada, acima dos 30 anos e que se preparam para a última Copa do Mundo de suas carreiras. Mas falta um nome de peso nesta lista. Alguém com a mesma faixa etária, com currículo mais pesado do que os italianos, africanos e ingleses citados. Ronaldinho Gaúcho treinou nesta sexta-feira (6) na Vila Olímpica com o mesmo sorriso no rosto que estampava em 2006, na preparação em Weggis, na Suíça, quando era o principal nome da Seleção Brasileira. Ele chegou acompanhado do segurança para o treinamento. Esboçou seu sorriso mundialmente conhecido durante a atividade e tratou a bola com uma categoria capaz de reunir pessoas do lado de fora do campo só para ter certeza da sua presença. R10 poderia fazer tudo isso no gramado do Morumbi, palco do último amistoso brasileiro antes de encarar a Croácia, na abertura do Mundial, mas 600 quilômetros separavam essa possibilidade. Em termos técnicos e físicos, até 2013 ele tinha totais condições para estar na lista de Felipão. Mas, em um espaço de sete anos – entre o anúncio do Brasil como sede do Mundial (2007) e a chegada da competição (2014) – ele deixou de ser um dos maiores do mundo e o amarelo da Seleção virou o preto e branco da camisa do Galo. Apoio Ronaldinho e seu irmão Assis traçaram um plano em 2011. Deixariam a Europa depois de uma década para voltar ao futebol brasileiro. O time escolhido não foi por acaso. Jogar no Flamengo significava ter o apoio da maior torcida nacional. Queria ficar perto da imprensa brasileira e ter seu lugar na Seleção de volta. Deu certo, até mesmo quando foi para a Cidade do Galo. Venceu a Libertadores de 2013 e estava certo de que teria novas chances com Felipão, o mesmo comandante do penta, em 2002, quando o craque tinha apenas 22 anos. Contudo, a ausência dele já era certa entre os 23 convocados. O jogador, inclusive, nem deve dar muita atenção à Copa. Fã confesso do basquete americano, sua TV ficará programada na final da NBA, que acaba na próxima semana.