Ronco dos motores vai ferver o Mineirinho

Felipe Torres - Hoje em Dia
Publicado em 18/01/2014 às 11:30.Atualizado em 20/11/2021 às 15:26.
 ( André Brant/Hoje em Dia)
( André Brant/Hoje em Dia)

O jovem Ronald Santi sequer piscava os olhos. O piloto belo-horizontino, de 21 anos, parecia maravilhado na entrevista coletiva antes da terceira etapa do Campeonato Mundial de Superenduro – Maxxis Fim Superenduro World Championship. Andando de um lado para o outro, não escondia a ansiedade, prevendo uma noite em claro, às vésperas de sua moto roncar forte no Mineirinho.

As provas acontecem neste sábado (18), das 10 às 18 horas. Pela primeira vez na história, o evento chega ao Brasil, depois de escalas em Lodz, na Polônia, e Liverpool, na Inglaterra.

Assim que um dos astros da competição, o britânico David Knight, tricampeão mundial de enduro, entrou no local, Ronald comentou: “Esse aí é o cara. Deveria ter concorrido com Messi e Cristiano Ronaldo à Bola de Ouro”, brinca ele, que correrá na categoria Júnior.

Para Ronald, Knight é um piloto completo, pois alia técnicas invejáveis de trilha, motocross e trial. “Ele, inclusive, nos dará um curso, passando experiência e algumas dicas. O David é uma pessoa super simpática e competente. Mas o polonês Taddy Blazusiak baterá de frente com ele na categoria Prestige. Duelo de gente grande”, aposta.

Nas etapas anteriores, Blazusiak levou a melhor. Portanto, as três baterias da Prestige prometem adrenalina e emoção na pista de 300 metros, montada especialmente no Mineirinho. O percurso é repleto de obstáculos, como troncos de árvores e pedras. Construído pelo renomado projetista americano Eric Peronnard, o trajeto arrancou elogios da turma.

“As baterias exigirão muita força física, pois a pista foi muito bem projetada. Cada volta deve ser feita em cerca de um minuto. Será uma grande aprendizagem para os pilotos brasileiros. Nunca tivemos uma competição desse calibre aqui, no país. Esquentaremos o Mineirinho”, avisa Rômulo Bottrel, de 23 anos, campeão nacional.

Velocidade e Ritmo

David Knight também se mostra animado. Mesmo para um “veterano”, de 35 anos, um Mundial sempre causa aquele frio na barriga. Sem rodeios, o inglês tratou logo de revelar como se comportará ao longo da prova. “Não adianta apenas acelerar a moto ao máximo. Será preciso ter consistência também. Uma corrida tão disputada como essa exige a manutenção de um ritmo”, afirma.

Ele aproveitou para incentivar as revelações do motociclismo brasileiro. “Eles têm potencial”, afirma. Perguntado se gosta de futebol, Knight, encantado com Belo Horizonte, foi rápido na resposta: “Odeio. E nós, pilotos, temos muito mais coragem do que os jogadores. Nosso esporte é muito mais complicado”, crava.

São esperados mais de 10 mil fãs no Mineirinho para o Mundial de Superenduro, que tem apoio do jornal Hoje em Dia e da Rádio 98 FM. Uma boa notícia é que Sebastião Lago Júnior, que organiza o evento, revelou que a capital mineira deve continuar a receber a etapa do Maxxis Fim nos próximos anos.

 

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