São Paulo não teme ser punido por briga com o Tigre

Fernando Faro
13/12/2012 às 22:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:31

A confusão envolvendo jogadores e comissão técnica do Tigre e seguranças do São Paulo não causa nenhuma preocupação na diretoria do clube paulista com possíveis desdobramentos do caso para a disputa da Libertadores e da Copa Sul-Americana do ano que vem. Mesmo diante das acusações dos argentinos de que seguranças apontaram uma arma para o goleiro Albil, ninguém acredita que o clube possa sofrer sanções da Conmebol para a disputa dos torneios em 2013, como suspensão ou perda de mandos de campo.

Os dirigentes se resguardam na posição da entidade em reconhecer o São Paulo como legítimo campeão e entregar o troféu para justificar a posição. Mesmo tendo seu presidente Nicolás Leoz presente no Morumbi e vendo com os próprios olhos todo o episódio de violência, a entidade máxima do continente não hesitou em chancelar a vitória e exaltá-la no site oficial. No entanto, o vice-presidente Eugenio Figueiredo, disse que a entidade ainda analisará se o jogo será retomado ou não. "Ainda esperamos as informações da polícia para estudar o cenário e então agir", ameaçou o dirigente. Mas ninguém acredita em uma reviravolta após a entrega do troféu e das medalhas.

A segurança de que o clube não será punido é tamanha que a preocupação maior está na invasão de parte da torcida após o fim da partida. "Quando faltam dez minutos para o jogo os seguranças se distribuem ao redor do anel inferior justamente para evitar uma invasão, mas o árbitro encerrou de repente, não nos avisou antes", justificou o assessor especial da presidência, José Francisco Manssur. A expectativa é que o clube receba apenas uma multa.

Um corredor de cerca de 40 metros separa os dois vestiários e a reportagem registrou muitas manchas de sangue no percurso do confronto. Não existem câmeras de segurança no local. O clube argentino divulgou em seu perfil no Facebook fotos de alguns jogadores feridos. "O que aconteceu estava tudo orquestrado desde que chegamos a São Paulo. Queriam tornar nossa vida impossível e utilizaram até mesmo o recurso da agressão", comentou o técnico Néstor Gorosito ontem em Buenos Aires.
http://www.estadao.com.br

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