Depois de 14 partidas, o São Paulo finalmente voltou a vencer neste sábado e respirou um pouco em meio a uma das piores crises da história do clube. A equipe brasileira derrotou o Benfica por 2 a 0 na casa do adversário, encerrou o longo jejum sem resultados positivos e, de quebra, levantou o Troféu da Copa Eusébio, torneio amistoso europeu de pré-temporada.
O São Paulo vivia a pior sequência negativa de sua história. As 14 partidas sem vitória - a última havia sido no dia 29 de maio, nos 5 a 1 contra o Vasco - resultaram em uma grande crise, mas o resultado deste sábado aparece como uma luz no fim do túnel para os torcedores. Aloísio, aos seis minutos do segundo tempo, encerrou o jejum de mais de 600 minutos sem gols do time brasileiro. Rafael Toloi, aos 17, em posição duvidosa, fechou o placar.
Agora o São Paulo vai ao Japão para disputar a Copa Suruga e encerrar seu tour internacional. Depois de duas derrotas na Copa Audi - para Bayern de Munique e Milan - e do triunfo na Copa Eusébio, a equipe vai em busca do título do torneio que coloca frente a frente o campeão da Copa Sul-Americana e o da Copa da Liga Japonesa, que foi o Kashima Antlers. Os dois times se enfrentam quarta-feira, às 7 horas (de Brasília), em Kashima, no Japão.
O São Paulo voltará ao Brasil precisando reagir no Campeonato Brasileiro, no qual é apenas o 18.º colocado, com nove pontos, dentro da zona de rebaixamento. No sábado que vem, a equipe terá pela frente a Portuguesa, às 21 horas, no Canindé, pela 13.ª rodada da competição.
O JOGO - O time brasileiro começou assustado, acuado, e viu o Benfica ir para cima. A primeira chance do time português saiu logo aos dois minutos, quando o brasileiro Lima foi lançado na área e, mesmo como pouco ângulo, bateu cruzado, forte. A bola encobriu Rogério Ceni e explodiu no travessão. Aos 13, Djuricic bateu em cima do goleiro são-paulina, a defesa saiu jogando mal na sequência e Gaitán quase marcou.
O Benfica seguia dono da partida, aproveitando os espaços dados pela marcação são-paulina no meio de campo. Com o time brasileiro fechado, os donos da casa tinham dificuldade para entrar na área adversária e, por isso, o ritmo do confronto diminuiu. Isso até os 33 minutos, quando novamente Lima levou perigo. Após cruzamento de Cortez pela esquerda e desvio errado de Rafael Toloi, o atacante dominou sozinho, mas pegou mal e isolou.
O São Paulo não tinha reação para as investidas do Benfica e, para piorar, não conseguia acertar na saída de bola. Aos 40 minutos, Wellington errou novamente, entregou para Cortez, que acionou Markovic. O meia só não marcou porque parou em Rogério. O goleiro são-paulino voltou a salvar no lance seguinte, quando Djuricic tentou da entrada da área e ele espalmou.
O segundo tempo começou da mesma forma e o Benfica demorou apenas dois minutos para dar seu primeiro chute a gol, com Maxi Pereira, que recebeu bom lançamento pela direita e bateu cruzado, fraco. Mas em sua primeira estocada, o São Paulo chegou ao primeiro gol. Jadson recebeu pela direita e deu passe na medida para Aloísio, que, de primeira, tocou, tirando do goleiro Paulo Lopes, aos seis minutos.
O gol empolgou o São Paulo, que passou a atacar com mais naturalidade, sem o peso do jejum de gols. Aloísio incomodava muito a defesa adversária e quase marcou mais um aos 11 minutos, quando arriscou de longe e exigiu boa defesa de Paulo Lopes. O segundo gol sairia aos 17 minutos. Após cruzamento da direita, Rodrigo Caio tocou de cabeça e Rafael Toloi, em posição duvidosa, marcou.
A desvantagem diminuiu o ímpeto do Benfica, que já parecia acomodado com o resultado. Assim, o São Paulo seguia em cima e quase fez o terceiro aos 26 minutos. Após cruzamento da direita, Rodrigo Caio pulou mais alto que o zagueiro Garay e cabeceou na trave. A partir daí, o time brasileiro se fechou e garantiu a importante vitória.