"Salários atrasados incomodam bastante", diz Alexandre Barroso

Vinícius Las Casas - Hoje em Dia
03/04/2013 às 14:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:30

A situação dos salários atrasados no Villa Nova incomoda a comissão técnica, conforme publicado pelo Hoje em Dia na manhã desta terça-feira (3). O técnico Alexandre Barroso, comandante do Leão, confirmou o problema em Nova Lima.


Contrariando a visão do vice-presidente de futebol, Edy Castanheira - que disse que os débitos financeiros não atrapalham o clima no Castor Cifuentes - o treinador explicou que a situação incomoda bastante dentro do clube, chegando a deixar tristes os jogadores.


"É uma situação muito chata. Os jogadores vieram nos cobrar. Todos dias eles nos perguntam se foi regularizado (o salário). Tivemos uma reuniao com eles, na terça, dentro do campo e agradeci a soliedariedade", destacou.


O comandante ainda destacou que está sendo complicado gerir o problema com os demais profissionais do corpo técnica.


"Confesso que é muito chato. Embora eu tenha algumas alternativas (financeiras), outros profissionais estão em dificuldade. A gente, em situações normais, se fosse outro emprego, já tinha parado. Mas como você para no meio da competição? Para mim, que estou a frente da comissão técnica, é chato tentar tirar motivação (deles). Eu só tenho a agradecer a comissão técnica, pois estão sendo profissionais. Não sei como vocês ficaram sabendo disso, estamos segurando isso", avaliou.


O jogo contra o América-TO será um divisor de águas para a resolução do problema. E os profissionais do corpo técnico se fecharam para trabalhar nos treinamentos e atividades durante essa semana.


"Vamos pra frente. Depois de domingo não sei o que faço. Não me sinto a vontade de tomar nenhuma atitude para prejudicar o time. É muito complicado", disse.


Questionado se existe a possibilidade de uma greve ou rodízio de profissionais trabalhando por dia (cada dia um não vai ao Castor Cifuentes), o treinador do Villa Nova afirmou que não dá para saber quais serão as atitudes tomadas pelos funcionários do Leão do Bonfim.


"Não posso responder pelos outros. Como faço quando um profissional diz que não vai trabalhar porque não tem dinheiro para isso? Não posso interpretar essa atitude como rebeldia. Podemos tentar outras formas de minimizar isso. São pessoas qualificadas enfrentando uma situação inusitada", afirmou, fazendo um desabafo na sequência:


"Eu vou deixar de dar treino? Eles estão com visão de levar o time às semis. O Villa está próximo de alcançar uma competição nacional, fato que há anos não alcança", destacou Barroso


O problema com a comissão técnica, de acordo com a diretoria do Leão, será sanado nesta semana. 

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