A absolvição do técnico Jorge Sampaoli pela 2ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na manhã desta terça-feira (15), deixa o argentino em condições de comandar o Atlético da beira do campo na decisão desta quarta-feira (16), contra o São Paulo, às 21h30, no Morumbi, num confronto direto pela liderança do Brasileirão. Mas não contar com o treinador no banco de reservas estaria longe de ser um problema para o Galo. Muito pelo contrário. E os números mostram isso.
São 25 as partidas já disputadas pelo Atlético nesta Série A. Em cinco delas (20%), Sampaoli não estava em ação bem próximo ao campo. Na vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino, e na goleada de 4 a 0 sobre o Flamengo, ambos os jogos no Mineirão, ele estava suspenso pelo acúmulo de três cartões amarelos.
Nesses confrontos, seu auxiliar mais próximo, o também argentino Jorge Désio, ficou no banco de reservas, colocando em prática o planejamento do treinador para cada uma das partidas.
Aliás, foi neste jogo contra o rubro-negro carioca que Jorge Sampaoli foi flagrado pela emissora que detém os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro num dos camarotes do Gigante da Pampulha, falando ao celular. Por isso, foi denunciado pela Procuradoria do STJD.
Os outros três jogos em que o treinador argentino “desfalcou” o Atlético foram durante o surto de Covid-19 na Cidade do Galo. E o time perdeu para o Athletico-PR (2 a 0), totalmente desfigurado, no Mineirão, empatou (2 a 2), com o Ceará, no Castelão, e venceu o Botafogo (2 a 1), no Gigante da Pampulha.
O comando do time na beira do gramado nessas oportunidades foi de Leandro Zago, treinador da equipe de transição, que foi “promovido”, pois Jorge Désio também estava com o novo coronavírus.
Números
Nos cinco jogos em que Sampaoli não esteve no banco de reservas, o Atlético conquistou dez pontos, com um aproveitamento de 67%. E teve desfalques demais em três delas.
Nas outras 20 partidas, com o argentino liberado para trabalhar, sem suspensões ou problemas médicos, são 36 pontos, aproveitamento de 60%. Isso reflete claramente a qualidade do trabalho do técnico argentino nos treinamentos. E de que a Cidade do Galo é o grande diferencial do Atlético de Sampaoli.