Sanchez acha "ridículo" associar convocações de Mano a Carlos Leite

Gazeta Press
26/11/2012 às 08:14.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:36

(Rafael Ribeiro/CBF)

Tetracampeão mundial e atualmente político, o ex-atacante Romário nunca poupou críticas ao
trabalho de Mano Menezes no comando da Seleção Brasileira, cargo do qual foi demitido na última sexta-feira. Durante a passagem do treinador gaúcho pela equipe nacional, o Baixinho levantou a suspeita de uma intervenção de Carlos Leite, empresário de Mano, nas convocações que este fazia.

Cássio, titular da meta alvinegra, e também empresariado por Leite, foi um dos citados neste "cartel" nas convocações que Romário acusou existir, para favorecer transferências junto ao futebol europeu. Andrés Sanchez, diretor de seleções na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e contrário à saída de Mano na última semana, atacou a posição do ex-atleta.

"Ele (Romário) que prove, pô! Isso é a coisa mais ridícula que existe. Futebol não tem segredo. O Carlos Leite é o que menos jogadores tinha na convocação. O Wagner Ribeiro, O Giuliano (Bertolucci), o Juan Figger e outros tinham muito mais... Se for assim, não poderemos ter nenhum treinador na Seleção, pois todos eles têm empresários. É difícil, pô", reclamou o dirigente, em entrevista para o programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.

Presidente do Corinthians na época em que Mano comandava o Timão, Andrés confessou que foi voto vencido na decisão da troca de comando da Seleção. José Maria Marin, mandatário da CBF, fez a mudança em busca de "novos métodos", visando à disputa da Copa das Confederações e da Copa do Mundo nos próximos dois anos, eventos que acontecem no País.

Apesar da insatisfação com o trabalho da comissão técnica anterior, Sanchez reforçou que o trabalho de Mano não sofreu interferências. "Ele (Marin) nunca vetou ou indicou algum jogador", explicou. "A gente sabia mais ou menos um dia antes quem jogaria. Palavra de honra que não se discutia a escalação do Mano", completou o diretor de seleções que explicou apenas ter feito um pedido ao ex-treinador.

"Só pedi para o Mano para insistir com os mais jovens, pois eles seriam a base da Seleção. Era para chamar os mais experientes, como o Kaká e outros, na hora certa. Isso era o que eu achava correto", completou.

Segundo Andrés, uma interferência de Marin no comando técnico não seria algo aceito por ele.

"O presidente Marin tinha conhecimento da convocação, mas nunca interferiu em nada. Até porque o Mano e eu iríamos embora se isso acontecesse", decretou o atual diretor de seleções que, apesar de não concordar com a posição do mandatário na troca de comandante, alega não pensar em deixar seu cargo na CBF.
 

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