Depois de se separarem ao fim dos Jogos de Londres, Robert Scheidt e Bruno Prada vão voltar a competir juntos na classe Star no próximo fim de semana, quando começa a Ilhabela Sailing Week, competição amistosa que chega à sua 40ª edição no litoral norte de São Paulo. Como a classe foi excluída dos Jogos do Rio, eles decidiram cada um seguir o seu caminho nos barcos de origem: Laser e Finn.

"Nosso sonho é competir os Jogos de 2016 em nosso País. Claro que correr de Star é a nossa intenção e vamos esperar que a categoria volte ao calendário dos Jogos. Como essa definição será no final do ano, cada um está na sua classe de origem", explica Robert Scheidt, citando a reunião da Assembleia Geral do COI, marcada para setembro, na Argentina, quando a Star tem remotas chances de voltar ao programa.

Bruno Prada, que não conseguiu ainda se adaptar bem à Finn, usou um bom argumento para a volta da Star, Class que há mais tempo estava no programa olímpico. "A vela precisa construir heróis. No tênis, quem eu procuro assistir? Rafael Nadal e Roger Federer. Se eles não estão no torneio, o evento não tem tanto interesse. Na nossa modalidade não é diferente e o Robert Scheidt é um desses ídolos mundiais. A Star é uma evolução na vela e tem tradição de mais de 100 anos."

As regatas a Ilhabela Sailing Week têm competições entre barcos não-olímpicos, envolvendo muitas vezes velejadores amadores, e não os de alto rendimento. Na Star, estão confirmados também Lars Grael e Reinaldo Conrad.
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