Em novo capítulo de uma novela que se arrasta há mais de um ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) publicará nesta quinta-feira (12) decisão que coloca o presidente da Federação Mineira de Futebol, (FMF), Paulo Schettino, na condição de interino, bem como o obriga a deixar o cargo, “improrrogavelmente”, até 28 de fevereiro de 2014. A medida é extensiva a toda a diretoria. A sentença também determina a intervenção na FMF a partir desta quinta, “a fim de tão logo o interventor ou interventores assumam suas funções, iniciem o processo eletivo para os cargos, o que deverá ser concluído até a mesma data de 28/2/2014”.   “Eu continuo presidente da Federação, sigo tomando conta da entidade. Não sou interino. O papel dos interventores será apenas organizar a eleição até 28 de fevereiro”, declara Paulo Schettino, que embarca nesta quinta-feira para Marrocos, a convite do Atlético.   Se a decisão for mantida, Schettino não realizará o desejo de comandar a entidade durante a Copa do Mundo (15 de junho a 15 de julho). Esse, inclusive, teria sido o motivo de o cartola alterar o estatuto, em 18 de agosto de 2011, e aprovar a prorrogação do seu mandato até o fim do ano que vem.   Inicialmente, o mandato deveria ter se encerrado em dezembro do ano passado. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) considerou a alteração estatutária ilegal e acionou a Justiça. Durante as últimas semanas, o presidente da Federação teria procurado o MP na tentativa de um acordo que o mantivesse no posto, pelo menos, até a realização do Mundial.   Em 16 de maio deste ano, a 6ª Vara Cível do TJMG determinou o afastamento de toda a diretoria da FMF e nomeou Fernando Aurélio Machado, economista, e Sarah Viviane dos Santos Barbosa, contadora, como interventores da Federação. Eles tomaram posse, mas ficaram pouco mais de quatro horas no cargo. Por meio de uma agravo de instrumento, concedido pela 13ª Câmara Cível, Schettino reassumiu a presidência.   Histórico   Paulo Schettino, que era vice-presidente da FMF, assumiu o cargo em 2003 após a cassação de Elmer Guilherme Ferreira, falecido em 2011, afastado em função de irregularidades. Schettino foi eleito por mais duas vezes, em 2004 e 2008. 

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