Seleção argentina se despede da Cidade do Galo antes da grande final

Gláucio Castro - Hoje em Dia
Publicado em 12/07/2014 às 08:34.Atualizado em 18/11/2021 às 03:21.
 (FLAVIO TAVARES/Hoje em Dia)
(FLAVIO TAVARES/Hoje em Dia)
Não chores por mim, Minas Gerais. Foram 24 dias intensos, mas chegou a hora de dizer hasta luego. Enquanto alguns jornalistas argentinos assavam suculentas peças de picanhas a poucos metros da portaria da Cidade do Galo, outros começavam a recolher os equipamentos.
 
O último dia da seleção argentina em Vespasiano, cidade vizinha a Belo Horizonte, foi marcado pela despedida. Às 11h deste sábado (12), um avião fretado levará a delegação para o Rio de Janeiro. Encantados com a hospitalidade mineira, os hermanos tentam neste domingo (13) levantar a taça de campeões mundiais depois de um jejum de 28 anos.
 
Desde que desembarcaram no Aeroporto de Confins, na noite de 9 de junho, Messi, Di María, Mascherano e companhia mudaram a rotina da capital mineira, reflexo do movimento às margens da MG-424, onde está localizado o quartel-general dos comandados do técnico Alejandro Sabella.
 
Vinte e quatro horas por dia o local esteve movimentado. Além dos jornalistas de várias partes do mundo, curiosos, torcedores, vizinhos e principalmente, fãs de Messi faziam verdadeira vigília na porta do CT.
 
Apesar de toda a devoção, eles conseguiram ver muito pouco. Os jogadores só deixaram a Cidade do Galo para um treino aberto no Independência antes da partida contra o Irã, no Mineirão, e para viajar pelo país para os outros jogos.
 
“Estive também nas Copas da França e da Alemanha. Aqui foi aonde eles encontraram a maior tranquilidade para trabalhar. O centro de treinamento é afastado de tudo, não tem barulho e ninguém incomoda”, avalia a radialista Marirro Varela. 
 
Ele trabalha para duas rádios argentinas e está no Brasil há quase 30 dias. “Eles tiveram tudo para focar no título. Creio que estão muito bem preparados”, diz.
 
Alucinado com Messi, o pequeno Willian Matheus, de 8 anos, passou boa parte dessa sexta-feira (11) debruçado na grade que protege a portaria, ao lado do pai, na tentativa de ver o ídolo de perto. Mas foi em vão.
 
Não serão apenas os torcedores argentinos que vão sentir falta do agito que se transformou a região. Moradores de uma casa com terraço, que fica em frente à Cidade do Galo, o casal Israel e Cláudia Machado, de 34 e 35 anos, respectivamente, também terão que se readaptar à rotina.
 
Várias vezes eles receberam jornalistas de todos os cantos que tentavam do segundo andar da residência flagrar alguma imagem de Messi e outros jogadores nos treinos fechados. 
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