Com um problema nas mãos, a dúvida quanto a um dos seus principais jogadores, o técnico Bernardinho busca hoje não só a reabilitação na fase decisiva da Liga Mundial 2013 como a classificação para as semifinais da competição, no sábado. Para isso, a seleção brasileira tem que bater o Canadá, às 16h30, em Mar del Plata, na Argentina, com transmissão do SporTV e Esporte Interativo.

O Brasil, apesar de derrotado na estreia dessa etapa, só depende de si mesmo para avançar à próxima fase: precisa vencer por 3 sets a 0 ou 3 a 1, o que ainda lhe garantirá a liderança do Grupo E. Se a vitória for no tie-break, haverá um triplo empate, já que os canadenses superaram os russos ontem, também por 3 a 2. A definição, assim, vai para a média de pontos (set average). Derrota tira os brasileiros da briga.

Além de apagar a derrota para a Rússia, na última quarta-feira, Bernardinho agora terá que suprir a necessidade de um bom bloqueador. Leandro Vissotto deixou a quadra com dores no joelho esquerdo. Após o jogo, o oposto passou por exames e foi constatado um edema no tendão patelar. Com isso, ele foi poupado do treino de ontem e virou dúvida para o confronto contra os canadenses.

Caso não possa contar com o jogador, Bernardinho deve iniciar a partida com Wallace na posição. Contra a Rússia, Vissotto foi um dos maiores pontuadores, com 13 pontos. “O Canadá, embora seja uma equipe de menos tradição, é forte e trabalha muito bem. Se classificou por méritos e vai colocar pressão. É importante que tenhamos determinação”, avalia o treinador.

Filosofia

Do lado canadense, o técnico Glenn Hoag afirma usar a filosofia brasileira para alcançar méritos. “Tivemos algumas contusões que nos deixaram um pouco atrás da melhor forma, mas a equipe está melhorando. Nós não tivemos Kevin (Schmitt) durante boa parte da competição, porém o grupo reagiu bem. A base do nosso jogo sempre foi a filosofia do time brasileiro. Tentamos ser bons na recepção e em todos os outros aspectos”, declara.

Hoag, no entanto, não diz ser impossível voltar a aprontar diante dos brasileiros. Além de bater os campeões olímpicos ontem, seu time, no ano passado, na estreia da Liga Mundial, derrotou os favoritos brasileiros na fase de classificação. Para surpreender novamente, o treinador conta com o retorno do oposto Gavin Schmitt, principal nome da seleção canadense na atualidade. “Ele é um grande líder, tem ótimo coração e é ótima pessoa. Sempre joga pelo time. É um jogador muito físico, atuou na Rússia na última temporada, jogou contra alguns grandes bloqueadores e foi muito bem”, elogia.

Pelo grupo D, a desesperada Argentina precisa vencer a Itália, em partida que acontece às 20h.