Muito discretamente, a seleção brasileira apresentou neste sábado uma novidade em sua concentração, na cidade inglesa de Saint Albans. Os jogadores e os integrantes da comissão técnica circularam pelo hotel com uniformes em que a bandeira do Brasil substitui o distintivo da CBF.
Isso porque o Comitê Olímpico Internacional proíbe que os atletas usem na Olimpíada uniformes com escudos de federações nacionais. Apenas o distintivo do Comitê Olímpico de cada país é tolerado, assim como a bandeira e o nome da nação.
Há quatro anos, essa regra do COI provocou enorme confusão. A CBF não queria abrir mão de seu escudo na camisa e só aceitou seguir a regra da entidade que organiza a Olimpíada a poucos dias da estreia da seleção nos Jogos de Pequim. A equipe disputou a competição sem qualquer símbolo no uniforme, com exceção do logotipo da Nike, sua fornecedora de material esportivo.
Por falar em Nike, outro problema enfrentado pela CBF em Pequim foi a disputa entre a empresa norte-americana e a Olympikus, na época patrocinadora do COB. A entidade presidida por Carlos Arthur Nuzman queria que a seleção usasse uniformes com a marca da empresa brasileira, enquanto a CBF não abria mão de exibir o logotipo da Nike. Nessa disputa a turma do futebol levou a melhor. Nos Jogos de Londres, não há qualquer risco de uma nova briga por causa de empresas de material esportivo. Afinal de contas, agora a Nike também é patrocinadora do COB.